Perez e Cadillac testam carro da Ferrari em Imola
quinta-feira, 13 de novembro de 2025 às 10:43
Sergio Perez
A Cadillac alcançou um novo marco em sua jornada até o grid da Fórmula 1 em 2026. Pela primeira vez, a equipe americana levou seu projeto às pistas: Sergio Perez assumiu o volante de uma Ferrari SF-23 em Imola, marcando o início de uma fase mais prática e ambiciosa.
Da simulação à ação real
Até recentemente, o desenvolvimento da Cadillac acontecia quase exclusivamente em simuladores. Por um longo período, a equipe trabalhou com seus pilotos de teste em ambiente virtual, acumulando dados e refinando processos.
No entanto, com a chegada de Perez ao projeto, a equipe decidiu dar um passo além e finalmente migrar para o ambiente real de pista.

Como ainda não dispõe de um carro dentro do atual regulamento técnico da F1, a Cadillac precisou ser criativa.
Assim, firmou um acordo com sua fornecedora de motores, a Ferrari, para utilizar um modelo SF-23 que se enquadra nas regras de Testes de Carros Anteriores. Dessa forma, conseguiu transformar teoria em prática sem infringir o regulamento.
Na última quarta-feira, cerca de 30 funcionários da Ferrari e 20 membros da Cadillac trabalharam lado a lado nos boxes 16 e 17 de Imola.
Durante dois dias intensos, Perez guiou o carro, que ostentava uma pintura em fibra de carbono exposta, dando um ar quase artesanal ao teste. Antes disso, o piloto de testes Arthur Leclerc havia conduzido um breve shakedown em Fiorano.
Um treino voltado às pessoas, não ao carro
Em entrevista à Autosport durante o GP de Singapura, Graeme Lowdon, chefe da Cadillac, explicou que o principal objetivo do empréstimo da Ferrari não tem relação com performance em pista. Pelo contrário, o foco está em preparar a equipe para o cotidiano exigente da F1.
“O que realmente queremos é testar a equipe. O carro é apenas a ferramenta. Não estamos em busca de vantagem técnica, mas de experiência operacional. Queremos que nossos mecânicos vivam o mesmo tipo de rotina que qualquer equipe de ponta da F1 enfrenta”, afirmou Lowdon.
Segundo o dirigente, o aprendizado é essencialmente humano. Ele destacou que o treino visa desenvolver memória muscular, agilidade e precisão nos procedimentos.
“É importante que os mecânicos se acostumem com o tamanho, o calor e a presença física de um carro de F1. Eles precisam sentir o peso dos pneus, aplicar as mantas térmicas e compreender o ritmo das operações. Só a prática gera esse tipo de confiança”, acrescentou.
Bottas aguarda sua estreia
Enquanto Perez já se envolve diretamente nos preparativos da Cadillac, Valtteri Bottas ainda terá de esperar um pouco mais.
O finlandês segue comprometido com a Mercedes, onde atua como piloto reserva até o fim da temporada 2025. Apenas depois disso ele poderá se integrar totalmente ao projeto americano e iniciar sua adaptação à nova estrutura.
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