Paul Martin, produtor executivo da série Drive to Survive, explica à Betway como a produção reinventou a F1

sexta-feira, 18 de março de 2022 às 17:38

Fonte: Unsplash

A Fórmula 1 é uma das categorias do automobilismo mais antigas do mundo, disputada desde 1950. Isso significa que as temporadas já tiveram altos e baixos com o público e a audiência na TV. Atualmente, por exemplo, as corridas estão conseguindo chamar a atenção com uma ajuda extra: a série documental Drive to Survive. Em entrevista recente, o produtor executivo Paul Martin explicou como o programa disponível na Netflix conseguiu reinventar a forma com que algumas pessoas consomem a F1.

Lançada oficialmente em 2019, e atualmente na 4ª temporada, Drive to Survive é um sucesso absoluto na plataforma de streaming mais popular do mundo. Algumas informações de bastidores apontam para um público de 50 milhões de pessoas, sobretudo na 3ª temporada. A expectativa é que os episódios recentes, lançados em 11 de março, façam ainda mais sucesso com os fãs de automobilismo e também de F1. Será uma maneira diferente de acompanhar os bastidores da disputa entre Verstappen e Hamilton em 2021.

Em uma conversa com o jornal britânico The Guardian, divulgada pelo blog Betway Insider, o diretor-executivo da série, Paul Martin, contou quais foram os efeitos da produção no universo da F1. “Acho que havia uma sensação dos times de ‘vocês não sabem o que é este mundo’. Não acho que sabíamos e acho que eles estavam céticos se podíamos mesmo entregar o que estávamos dizendo. Queríamos entregar um retrato autêntico de como é realmente operar, viver e trabalhar no paddock”, comentou o principal responsável pela produção da série documental.

Martin ainda explica que algumas equipes não queriam abrir os bastidores para um documentário da Netflix, como a Ferrari e a Mercedes. Entretanto, com o sucesso da 1ª temporada, virou unanimidade a produção de Drive to Survive. Nesta 4ª temporada, todas as equipes marcaram presença nas gravações. Algo que foi conquistado com muita conversa, e pode ser melhor entendida com as falas de Paul Martin. Um impacto que reinventou o jeito de assistir F1.

Um público diferente

O principal objetivo com a série da Netflix era trazer uma ideia nova para a Fórmula 1. As transmissões das corridas não estavam chamando a atenção das pessoas, principalmente pela falta de competitividade, então era preciso usar o emocional. Drive to Survive faz exatamente isso, e entrega um contexto melhor entre os pilotos que faz o fã de automobilismo entender mais de perto como são os bastidores da categoria mais importante das corridas

Atualmente, segundo levantamento da Betway, site de apostas em F1, a categoria conseguiu um forte crescimento digital com a Liberty Media. Nas redes sociais, por exemplo, são quase 50 milhões de seguidores nas diferentes plataformas. Um número que não chegava aos 10 milhões quando a categoria era comandada por Bernie Ecclestone. Ou seja, uma mudança que olhar para o público online, e não apenas para quem acompanha na TV.

Esse foi um dos impactos de Drive to Survive, pois a série trouxe muitos fãs de produções da Netflix para o mundo da Fórmula 1. Foi uma reinvenção no consumo das corridas, principalmente para quem não conhecia. O resultado disso é que 34% das pessoas que acompanham as corridas começaram a fazer isso nos últimos cinco anos. É exatamente o tempo em que essas ideias foram aplicadas. Ou seja, os próximos anos prometem ser de mais crescimento da categoria.

Mais temporadas

A entrevista de Paul Martin mostra que a Netflix e a Liberty Media acertaram ao levar a F1 para o mundo do streaming. Uma prova disso é que os produtores renovaram contrato recentemente e mais temporadas devem acontecer pelos próximos anos. Muitas pessoas estavam ansiosas para acompanhar os bastidores das corridas de 2021, o que deve acontecer novamente no próximo ano.

Por ser uma categoria tradicional, a Fórmula 1 sempre foi fechada para a mídia. Entretanto, o mundo mudou bastante nos últimos anos, e o digital começou a fazer diferença nos esportes. Apesar de um certo atraso, a F1 entrou para esse universo e está colhendo os frutos. A promessa é que isso continue assim pelos próximos anos, pois o interesse pelos GPs está só aumentando, inclusive atraindo novos fãs para a categoria.

AS - www.autoracing.com.br

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