Piastri descarta ordens de equipe na briga pelo título da F1

quinta-feira, 26 de junho de 2025 às 18:17

Lando Norris e Oscar Piastri

Oscar Piastri deixou claro que não irá solicitar nenhum tipo de ordem de equipe à McLaren, mesmo com sua liderança atual no campeonato de pilotos da Fórmula 1. O australiano, que vive um momento estelar na temporada, reforça que quer vencer apenas pelo mérito na pista.

Liderança sem concessões

Atualmente, Piastri lidera a tabela com 22 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe, Lando Norris. Além disso, Max Verstappen — principal rival externo da McLaren — segue logo atrás, com uma diferença de 43 pontos em relação ao australiano.

Apesar da vantagem, Piastri rechaça qualquer ideia de priorização interna. Por isso, quando perguntado se aceitaria apoio direto de Norris em nome da luta pelo título, foi taxativo:

“Não, não estou disposto a entrar nesse tipo de negociação de forma alguma.”

Igualdade de tratamento é prioridade

Segundo Piastri, o mais importante neste momento é que ambos tenham a mesma oportunidade. Dessa forma, ele acredita que a disputa se mantém justa e transparente — um valor que, segundo ele, é compartilhado por toda a equipe.

“No momento, tudo o que posso pedir é uma chance justa de tentar ganhar o campeonato, e é isso que eu também quero”, afirmou.

Além disso, o piloto ressaltou que só aceitaria discutir ordens de equipe se a situação do campeonato mudasse drasticamente — algo que, segundo ele, está longe de acontecer.

McLaren mantém a tradição: sem ordens de equipe

A postura de Piastri ecoa diretamente a filosofia da McLaren. De acordo com Zak Brown, CEO da McLaren Racing, a equipe não pretende intervir na disputa entre seus pilotos enquanto ambos tiverem chances matemáticas de título.

“A melhor maneira de vencer o campeonato de construtores é terminar em primeiro e segundo no campeonato de pilotos”, explicou Brown ao Planet F1.

Além disso, Brown afirmou que a equipe oferece tratamento igual aos dois pilotos, pois entende que isso fortalece o espírito competitivo e evita atritos desnecessários.

“Nossos pilotos não estão pedindo favoritismo, eles estão pedindo justiça, e é isso que eles recebem.”

Domínio coletivo, rivalidade controlada

No campeonato de construtores, a McLaren lidera com folga: são 175 pontos de vantagem sobre a Mercedes. Essa margem foi construída, sobretudo, graças à consistência da dupla Piastri-Norris, que já somou sete vitórias em apenas 10 corridas — cinco delas conquistadas por Piastri.

No entanto, mesmo com a harmonia geral, houve momentos de tensão. O mais notável foi no GP do Canadá, quando Norris tocou a traseira do carro de Piastri durante uma disputa acirrada pela quarta posição, causando seu próprio abandono imediato.

Apesar do incidente, a equipe optou por manter a política de liberdade total. Para Piastri, o episódio foi bem administrado:

“No Canadá, o que fizemos bem foi reconhecer que isso era uma possibilidade. Acho que lidamos muito bem com isso desde então.”

Clima competitivo, mas saudável

Para o jovem australiano, o equilíbrio competitivo dentro da McLaren é uma situação desafiadora, porém desejável.

“Obviamente, é difícil lidar com isso, mas, em alguns aspectos, é um bom problema.”

Por outro lado, ele destaca que ambos estão cientes da importância de manter o foco coletivo, sem perder a ambição individual:

“O que temos feito é bom, e uma oportunidade justa é o que ambos pedimos.”

Enquanto isso, Zak Brown reforça que a equipe está preparada para lidar com qualquer cenário, inclusive a possibilidade de perder o título de pilotos por manter a equidade interna.

“Espero que possamos dar a eles um carro em um ambiente em que somente os dois estarão competindo pelo título na última corrida”, declarou.

“E qual deles vencer por mérito, foi porque fez um trabalho melhor.”

AS - www.autoracing.com.br

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