Os desafios para a Red Bull na F1 em 2023

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023 às 12:33

Red Bull RB18

Campeã mundial de construtores pela primeira vez desde a sequência de quatro conquistas entre 2010 e 2013, a Red Bull Racing chega para a temporada 2023 da Fórmula 1 como a equipe a ser batida após quase uma década. Se, no ano passado, os austríacos dividiam os holofotes com a Ferrari, que começou melhor, mas depois ficou para trás, desta vez os comandados de Christian Horner surgem como grandes favoritos.

Entretanto, apesar das grandes expectativas em torno da RBR, há uma série de obstáculos que a equipe deverá superar para defender os títulos de pilotos e construtores. De elementos internos aos fatores externos, os Touros pelo menos cinco desafios no próximo campeonato.

O peso de ser a campeã do mundo

Pode parecer bobagem, mas até para quem dominou praticamente toda a temporada passada pode haver uma grande pressão em seu entorno. Se, dentro da equipe, todos querem continuar vencendo, do lado de fora há quem esteja trabalhando duro para desbancar os atuais campeões. Isso sem contar a expectativa de fãs, patrocinadores e da mídia. Para o conselheiro da equipe, Helmut Marko, no entanto, lidar com a pressão é fundamental no automobilismo.

Evolução da Mercedes

Depois de uma temporada bem abaixo do que de costume, os octacampeões do mundo dispararam sinais de alerta para a concorrência após os bons resultados nas últimas corridas de 2021, principalmente com a dobradinha de George Russell e Lewis Hamilton no GP de São Paulo. A avaliação dentro da própria RBR é de que os alemães devem ser a principal ameaça em 2023, sendo a equipe mais estável do grid e que possui dois grandes pilotos, principalmente Hamilton.

Relação com a Honda e novas parcerias

Red Bull RB18 2022

A saída da marca japonesa da categoria no final de 2021 trouxe à Red Bull uma grande de dor cabeça. Afinal, sem sua fornecedora de motor, como a equipe desenvolveria um novo carro sem perder rendimento considerável nas pistas? A solução encontrada acabou se tornando um modelo de sucesso: os austríacos criaram sua própria fábrica de propulsores, tendo ainda apoio técnico da Honda.

Depois de estremecida, a relação melhorou ao longo de 2022 e há a possibilidade de a fabricante voltar a fornecer seus motores para a RBR em 2026. Para que isso aconteça, no entanto, há alguns entraves. O plano dos pentacampeões seria de que a Honda cuidasse apenas da parte elétrica, mas a ideia não agrada aos japoneses e a decisão deverá ficar para 2023.

No campo comercial, uma das metas será fechar novos patrocínios, principalmente depois de encerrar os negócios com a empresa de criptomoeda Tezos. Entretanto, agora como principal equipe da Fórmula 1, isso não deve ser um problema par Helmut Marko e Christian Horner.

Em 2021, a RBR já havia anunciado novas parcerias globais, como o site PokerStars, e isso não deve ser diferente nesta temporada. Inclusive, a plataforma online de poker, uma das maiores do mundo, segue para o novo ano com um acordo mútuo de divulgação das marcas. Assim, se espera novas iniciativas de ambas as partes, como aconteceu em 2022 com o GP de São Paulo e o GP do Mônaco.

A ideia é engajar públicos que compartilham paixões semelhantes, aproximando os fãs de automobilismo e os adeptos do jogo de cartas, cujo crescimento vem sendo vertiginoso no Brasil e no mundo, com recordes de premiação e audiência.

Gestão interna

Em 2021, Sergio Perez foi considerado uma lenda por Max Verstappen ao conseguir segurar Lewis Hamilton e permitir a aproximação do holandês na corrida decisiva daquela temporada, sendo peça fundamental na conquista do primeiro título do companheiro. Neste ano, porém, o clima mudou entre os dois e isso ficou evidente quando Max se recusou a ajudar o mexicano na briga pelo vice-campeonato com Charles Leclerc, da Ferrari.

Apesar de ter colocado panos quentes, a RBR terá a árdua missão de manter a harmonia entre seus dois pilotos. Além disso, o retorno de Daniel Ricciardo, agora como piloto reserva, traz um ingrediente a mais para dentro da equipe. Para muitos, o australiano será uma sombra permanente em cima de Perez, que ficou aquém do esperado em 2022, e o histórico da Red Bull mostra que ela não vê problemas em substituir quem não traz os resultados esperados.

Punição por exceder orçamento

Um dos maiores problemas que a Red Bull deverá enfrentar em 2023 tem a ver com as penalizações por ter ultrapassado em quase 2% o limite orçamentário de 2021. Além de uma multa milionária, a equipe baseada em Milton Keynes também teve uma redução bem relevante de 10% do tempo de testes aerodinâmicos no túnel de vento por longos 12 meses. Isso pode ser o suficiente para prejudicar o desenvolvimento do carro e comprometer rendimento técnico.

AS - www.autoracing.com.br

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