Onda política norte-americana invade a F1

terça-feira, 2 de junho de 2020 às 9:27

Lewis Hamilton

Uma onda política está dominando a Fórmula 1 em meio aos amplos protestos e tumultos nos Estados Unidos.

Apesar do campeonato mundial ser baseado na Europa, o hexacampeão mundial Lewis Hamilton iniciou uma nova tendência entre os pilotos, personalidades e equipes da F1 criticando aqueles que “ficaram em silêncio” após a morte de uma pessoa detida em Minnesota.

Os colegas pilotos de Hamilton imediatamente o apoiaram, com Frederic Ferret, correspondente do L’Equipe, resumindo que suas palavras “poderosas e vigorosas” a respeito da categoria “dominada por brancos” tiveram um “efeito rápido”.

“Para ser completamente honesto, eu me senti deslocado e desconfortável em relação a compartilhar minha opinião sobre toda a situação nas mídias sociais, e foi por isso que não me expressei antes de hoje”, declarou Charles Leclerc, da Ferrari. “E eu estava completamente errado”.

Lando Norris, da McLaren, disse: “Com isso, eu tenho o poder de liderar e inspirar muitos. Desta vez, eu peço para vocês fazerem algo e tomarem uma atitude”.

Daniel Ricciardo, da Renault, acrescentou: “O que aconteceu com George Floyd e o que continua acontecendo na sociedade atual é uma desgraça. Nós precisamos tomar uma atitude, precisamos ser NÓS. Vamos ser pessoas melhores. Estamos em 2020. Vidas negras importam”.

O indiano Karun Chandhok, ex-piloto de F1, continuou: “Como parte da minoria de pessoas não brancas no automobilismo, tive a sorte de nunca ter sentido nenhuma negatividade. Outros como George Floyd não foram tão afortunados, e a sociedade mundial precisa mudar”.

George Russell, da Williams, disse: “Todos nós temos uma voz para defender o que é certo – e até agora, eu não sabia como usar a minha nessa situação”.

“Ecoando as palavras de Charles Leclerc, eu me senti deslocado em relação a compartilhar minha opinião sobre essas atrocidades publicamente. Mas, no fim das contas, não importa o quão desconfortável seja falar, o silêncio não alcança nada. Use sua voz, espalhe ao máximo a conscientização. Todos nós somos responsáveis por acabar com a injustiça”.

Alex Albon, da Red Bull, se juntou a Leclerc e Russell admitindo que falar publicamente sobre o assunto é difícil.

“Sinceramente, eu hesitei bastante em expressar uma opinião sobre a morte de George Floyd. Eu cresci em um ambiente muito privilegiado, protegido do racismo. Nunca é tarde demais para mudar e corrigir o que está errado, isso diz respeito à justiça e tomar uma atitude em nome da igualdade racial”.

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