Olha o nível…

Massa, Senna e Di Grassi

Ontem a tarde fui à coletiva da Bridgestone no Hotel Grand Hyatt aqui em São Paulo. A coletiva seria com alguns executivos da Bridgestone e os pilotos Bruno Senna, Felipe Massa e Lucas Di Grassi. Não achei que fosse ouvir qualquer novidade lá, mas sempre é bom para rever algumas pessoas que a gente acaba tendo alguma amizade com o tempo.

A coletiva estava marcada para as 14h30min. Meu filho e eu chegamos 10 minutos antes. Na recepção perguntei onde seria o evento e nos enviaram para o prédio errado. Depois de idas e vindas acabamos no lugar certo na hora marcada. Hora marcada? Atrasou tipo 1 hora. Pelo menos encontrei o Celso Miranda, batemos um papo rápido – ele é sempre muito gente boa – e encontrei o Livio Oricchio.

Fazia muito tempo que não encontrava o Livio e só neste momento descobri porque; ele está morando na França e está adorando. Mora a meia hora do aeroporto e de lá os vôos para as corridas na Europa não passam de 1 hora e meia. Ficou mole, mas ele merece, afinal é o único jornalista brasileiro que foi em todas as corridas de Formula 1 nos últimos 14 anos! Quer dizer, em todas não… o Estadão pediu para ele voltar para ajudar na cobertura das eleições presidenciais aqui no Brasil e então ele não pôde ir nas corridas do Japão e da Coreia. Teve que ver pela TV. Ficou horrorizado, pois ouviu as mesmas pérolas que nós. Deus é justo, bingo!

15:30h e vai começar a coletiva. Todo mundo entra correndo como se não houvesse lugares suficientes. Uma daquelas moças bonitas que costuma nos receber quando chegamos nesse tipo de evento está no palco com um microfone nas mãos. Hummm… viro para o meu filho e falo: Isto é incomum, geralmente não são essas moças que apresentam estes eventos. Então a loira começou a falar e percebeu-se imediatamente que ela não tinha qualquer intimidade com Formula 1, expressões ou nomes de coisas básicas. Teve alguma dificuldade – compreensível até – em pronunciar os nomes dos dois executivos japoneses. Mas então ela foi apresentar o Felipe Massa e soltou um “Escudéri Ferrari”. Tive que me segurar para não soltar uma gargalhada. Mas não por muito tempo… depois de algumas perguntas irrelevantes que ela lia numa folha de papel – e que o pessoal não estava preparado para responder – teríamos as perguntas da platéia.

A loira avisou: “Digam seus nomes e veículos aos quais pertencem antes de fazer a pergunta. Vocês terão 20 minutos para fazer perguntas”. O primeiro a receber o microfone lascou: “Sou o Zé Mané do CQC da Escudéri Ferrari”. Pronto, todo mundo desabou a rir! “Minha pergunta é para os 3 pilotos. O que o Alonso tem que vocês não tem?” Novamente muitas risadas. Mas Felipe Massa foi rápido; pegou o microfone e mandou: “Piolhos”. E todo mundo caiu na risada novamente.

Depois disso não teve absolutamente mais nada de interessante na coletiva. Felipe disse que é profissional e vai ajudar o Alonso se precisar (leia-se, vai deixar Alonso ultrapassá-lo, se for o caso), Senna disse que só o fato de estar na F1 já é algo muito difícil de conquistar e Di Grassi que a equipe sabe do que ele é capaz.

As perguntas também não ajudaram muito que a coisa fosse mais interessante. Eu já estava com um dos microfones nas mãos para fazer uma pergunta quando terminaram com a coletiva 2 minutos antes do tempo previsto.

Talvez tenham feito isso porque a tradutora falava baixo e no mesmo tempo que os executivos japoneses quando eram perguntados. Resultado, você não ouvia nem o que os caras falavam (em inglês) e nem a “tradução”.

É isso aí. Agora resta torcer para Felipe Massa vencer – contanto que Alonso não esteja em segundo… e que Barrica, Bruno e Lucas façam o melhor que puderem!

Abraços e até a próxima!

Adauto Silva
adauto@autoracing.com.br