O espetáculo segue em frente, mas mundo da F1 continua pensando em Bianchi

quarta-feira, 8 de outubro de 2014 às 9:33

Jules Bianchi

As equipes e os pilotos podem ter viajado 8 mil quilômetros de Suzuka para Sochi, mas Jules Bianchi continua nas mentes de todo o mundo da Fórmula 1.

Na terça-feira, sua família confirmou que Bianchi sofreu uma “lesão axonal difusa” quando atingiu um veículo de recuperação no chuvoso GP do Japão de domingo.

“Espero que eles entendam como estamos gratos por sua coragem de falar conosco por meio de uma declaração de imprensa simples e honesta”, escreveu Gary Hartstein, ex-médico da Fórmula 1, em seu blog.

Hartstein sempre criticou o fato de a família e os empresários de Michael Schumacher terem mantido os milhões de fãs do alemão essencialmente no escuro em relação aos seus ferimentos no cérebro.

No entanto, a notícia sobre Bianchi deu início a uma nova etapa de especulações a respeito do que realmente significa.

Alain Ducardonnet, consultor de saúde da emissora francesa de notícias BFMTV, disse que o fato de a família ter nomeado a lesão axonal difusa “não é o que esperávamos. Então, agora parece que teremos uma espera aparentemente interminável para saber se essas lesões irão cicatrizar, e principalmente se terão consequências irreversíveis”.

Alguns fãs de Bianchi ficaram mais otimistas com a notícia de que a Ferrari enviou o professor Gerard Saillant, um médico associado à FIA também fortemente ligado a Schumacher e ao presidente da federação, Jean Todt, ao hospital de Mie.

Porém, ao ser questionado sobre o que ele pode fazer por Bianchi, Hartstein disse ao site 20minutes.fr: “Nada. Creio que ele está lá muito mais para apoio moral, porque também esteve em 2010 após o sério acidente de Bianchi na GP2 na Hungria. Ele (Saillant) não realiza cirurgias há anos, e sua especialidade são lesões na medula espinhal”.

A situação de Bianchi também provocou relatos a respeito das repercussões para a Fórmula 1, incluindo a necessidade de mudanças nas regras e possivelmente até mesmo cockpits fechados.

Hartstein afirmou: “O fato de Bianchi ainda estar vivo mostra como a Fórmula 1 é segura atualmente. Acho que a categoria atingiu padrões de segurança extremamente altos. Porém, é claro que tudo sempre pode ser melhor”.

Mika Hakkinen, que quase morreu quando fraturou seu crânio em um acidente em Adelaide em 1995, disse após o acidente de Bianchi que os cockpits fechados não deveriam ser descartados. “Se pode salvar vidas, deveríamos analisar qualquer opção que reduza ainda mais os riscos”, declarou ele à emissora austríaca Servus TV.

Enquanto isso, a Speed Week relatou que os rumores de que as autoridades japonesas apreenderam partes do equipamento da Marussia antes da equipe viajar para a Rússia são falsos. Contudo, ainda não há informações sobre o que a equipe fará no GP deste fim de semana em Sochi.

 

LS - www.autoracing.com.br

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