Números icônicos no automobilismo

sexta-feira, 29 de novembro de 2013 às 0:07
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Gilles Villeneuve

A Formula 1 não adotou um sistema de numeração regular até o início de 1973, quando os números dos carros foram distribuídos com base no resultado do campeonato mundial de construtores.

Estes números se tornaram ‘permanentes’, com somente a equipe vencedora mudando no próximo ano a numeração dos pilotos, passando a usar o nº 1 e nº 2 em seus carros. A equipe que usava estes números, recebia a numeração usada pela equipe vencedora, que ficaram vagos.

Este sistema foi mantido até 1996, quando o atual método de numeração baseado no campeonato de construtores entrou em vigor.

O primeiro número da F1 a receber o status de ícone foi o nº 27 que Gilles Villeneuve carregou em 1981/82.

Apesar de usar este número em somente 20 de suas 67 corridas (comparado com 30 corridas usando o nº 12), os níveis de heroísmo que ele conseguiu durante a temporada de 1981 numa Ferrari não competitiva e o fato que ele tinha o nº 27 quando faleceu em 1982, o tornou sempre associado com Villeneuve.

Como a Ferrari falhou em vencer qualquer título nas duas décadas seguintes, ela manteve o nº 27 por quase todo o período restante deste sistema de numeração, permitindo que Patrick Tambay, Michele Alboreto, Gerhard Berger e Jean Alesi aumentassem a lenda do nº 27.

A única exceção foi quando a Ferrari assinou com o campeão reinante Alain Prost da McLaren em 1990, mas com Ayrton Senna ganhando o próximo título, a Ferrari logo estava de volta ao nº 27 e 28.

Os fãs de Nigel Mansell também adotaram o rótulo de ‘vermelho 5’ do campeonato de 1992 vencido pela Williams. O Britânico usou este número em 93 de seus 191 grande prêmios.

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Nigel Mansell

Sua transferência para a Indy Car após vencer o campeonato de 1992 e a desistência de seu sucessor Alain Prost depois de vencer o campeonato de 1993, deixaram a F1 sem o nº 1 em 1993/94, com a Williams de Damon Hill levando o nº 0 em ambas as temporadas.

A maneira como as vitórias no campeonato mudavam rapidamente fizeram com que algumas equipes permanecessem com os números do sistema pós 1973 por longo tempo.

A exceção foi a Tyrrell. Como a vitória de Jackie Stewart em 1973 foi a última da equipe, os nº 3 e 4 ficaram até o final em 1995.

A Ligier também manteve seu número original 26 desde 1976 até a alteração em 96.

Nas corridas de motos, os pilotos levam seu número pessoal ao longo de sua carreira, enquanto nas equipes americanas os números tendem a ser permanentes, particularmente na NASCAR.

Números nestas categorias tornam-se parte integrante das campanhas de marketing, como a lenda  da NASCAR Dale Earnhardt nº 3 tendo tanto valor quanto o atual campeão Jimmie Johnson nº 48, mesmo que a fama se originasse na equipe mais do que nos próprio pilotos.

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Jimmie Johnson

Valentino Rossi com seu nº 46 na MotoGP é um clássico exemplo de aproveitamento pelas corridas de motos na utilização de números permanentes com fins de marketing. Pilotos campeões tem a opção de usar o nº 1, como Nicky Hayden e Casey Stoner fizeram após vencerem, e Jorge Lorenzo fez após seu primeiro campeonato em 2010.

Em contra partida o vencedor de 2013 Marc Marquez demonstra manter seu nº 93, e Rossi nunca usou o nº 1 depois de vencer campeonatos.

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Valentino Rossi

AS - www.autoracing.com.br

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