México terá TL1 histórico com nove estreantes

Arvid Lindblad

O GP da Cidade do México promete um treino livre realmente histórico. Pela primeira vez na era moderna da Fórmula 1, nove pilotos estreantes participarão do TL1. Com exceção da Sauber, todas as equipes colocarão novos nomes em seus carros.

De acordo com o jornal Gazzetta dello Sport, “haverá uma revolução na pista”. De fato, o cenário é inédito.

As equipes estão correndo contra o tempo para atender à exigência da FIA, que determina que cada carro seja conduzido por um novato – ou seja, alguém com no máximo duas largadas em GPs – duas vezes por temporada.

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Calendário apertado e escolhas estratégicas

Com apenas cinco etapas restantes no campeonato, as equipes praticamente ficaram sem opções. Assim, México e Abu Dhabi tornaram-se os locais ideais para cumprir essa obrigação.

Afinal, Brasil e Catar serão finais de semana com formato sprint, enquanto Las Vegas terá um cronograma muito limitado, o que dificulta qualquer tipo de experimento.

A Sauber, por outro lado, é a única exceção. A equipe já havia completado sua cota no início do ano, quando colocou Paul Aron e Gabriel Bortoleto em ação. Dessa forma, poderá seguir o cronograma normal neste fim de semana.

Grandes equipes em destaque com novos rostos

Entre os estreantes, Arvid Lindblad será o mais comentado. Ele pilotará o Red Bull de Max Verstappen depois de já ter guiado o carro de Yuki Tsunoda em Silverstone.

Enquanto isso, a McLaren aposta novamente em Pato O’Ward, que terá a chance de correr em casa, na Cidade do México. Será seu quarto TL1 pela equipe.

Além disso, a Mercedes colocará Frederik Vesti no lugar de George Russell, repetindo a parceria vista em etapas anteriores.

Já a Ferrari surpreendeu ao anunciar Antonio Fuoco como substituto de Lewis Hamilton, movimento que gerou grande repercussão na Itália.

Fuoco, de 29 anos, faz parte do programa de desenvolvimento da Ferrari e venceu as 24 Horas de Le Mans pela marca em 2024. Apesar da experiência, ele ainda é considerado novato pelas regras da FIA.

O jornal La Repubblica celebrou a escolha com o título: “Antonio Fuoco, um italiano no volante da Ferrari após 16 anos”.

Vale lembrar que os últimos italianos a pilotarem pela Scuderia em sessões oficiais foram Luca Badoer e Giancarlo Fisichella em 2009.

Japoneses, talentos da base e curiosidades do treino

Além disso, a Aston Martin colocará Jak Crawford, vice-líder da Fórmula 2, no carro de Lance Stroll.

Já a Haas entregará o assento a Ryo Hirakawa, piloto do WEC da Toyota que treinou em Zandvoort antes de sofrer um leve acidente na curva 8 – felizmente, sem maiores danos.

Enquanto isso, a Racing Bulls manterá seu plano de desenvolvimento com Ayumu Iwasa, que já acumula experiência em testes com a Red Bull.

A Alpine, por sua vez, escalará novamente Paul Aron para o carro de Pierre Gasly, oferecendo ao estoniano seu quarto treino livre do ano.

Por fim, a Williams apostará mais uma vez em Luke Browning, que retorna para seu terceiro TL1 da temporada.

Curiosamente, o treino também marcará um momento simbólico para o Japão. Pela primeira vez na história recente da F1, três pilotos japoneses – Yuki Tsunoda, Ryo Hirakawa e Ayumu Iwasa – estarão juntos na mesma sessão oficial.

Esse detalhe, embora pareça apenas estatístico, representa o fortalecimento do automobilismo japonês dentro do grid atual.