Nova série Os Campeões da F1 – Giuseppe Farina 18/06/04

segunda-feira, 22 de novembro de 2010 às 21:14
Farina em sua Alfa-Romeo

Nome: Emilio Giuseppe “Nino” Farina
Nacionalidade: Italiana
Data de Nascimento: 30/10/1906 – Turim, Itália
Data de Falecimento: 30/06/1966 – Chambery, França

Emilio Giuseppe “Nino” Farina ocupa um lugar de destaque em qualquer livro que trate da história da Fórmula 1, já que ele foi não apenas o primeiro homem a conquistar uma pole position e vencer uma corrida da categoria, em Silverstone 1950, mas também por ter sido o primeiro campeão mundial de F1. Dono de um estilo peculiar, guiando com os braços retos, o economista nascido em Turim começou sua carreira automobilística disputando corridas de subida de montanha, muito populares na Europa guiando os modelos da Maserati.

Porém, quando passou para a Alfa Romeo na condição de segundo piloto do “mito” Tazio Nuvolari, sua carreira ganhou consistência. Na década de 30 do século passado, Nino venceu algumas corridas na Itália, mas sua primeira vitória de maior destaque foi no Grande Prêmio da Líbia de 1940, que na época era uma possessão italiana. Infelizmente, as corridas acabaram ficando suspensas por algum tempo, graças a Segunda Guerra Mundial

Encerrado o conflito, as competições foram retomadas aos poucos, e Farina voltou a mostrar seu talento no Grande Premio de Mônaco de 1948, quando conquistou a vitória. Algum tempo depois, a FIA anunciou a criação de um campeonato mundial de pilotos e Giuseppe foi convidado a participar da poderosa equipe da Alfa Romeo, que contava com o argentino Juan Manuel Fangio e com seu compatriota Luigi Fagioli. Para levar o título da primeira temporada da categoria recém-criada a Alfa colocou na pista o modelo 158 e dominou todo o certame.

Giuseppe Farina

Na primeira corrida da Fórmula 1, disputada em Silverstone no dia 13 de maio de 1950, Farina largou na pole position da prova que teve 70 voltas e venceu a corrida, mantendo uma boa distância de Fagioli e vendo o argentino Juan Manuel Fangio abandonar com problemas no motor. Em Mônaco, Fangio se impôs diante de seus adversários. Em Indianápolis, Johnnie Parsons venceu a única corrida que não teve um piloto da Alfa vencendo. Voltando ao “Velho Mundo”, Farina venceu na Suíça, enquanto que Fangio reagiu levando a vitória na Bélgica e na França, adiando a decisão da temporada inaugural para Monza, onde 70.000 espectadores viram “Nino” vencer e Juan abandonar com problemas mecânicos. Com o resultado, Farina somou 30 pontos contra 27 de Fangio e faturou a primeira temporada da categoria.

Defendendo seu título na temporada seguinte, Farina não teve muito sucesso, ficando apenas com uma isolada vitória no Grande Prêmio da Bélgica, disputado em Spa-Francorchamps. Giuseppe venceu algumas provas extra-campeonato. No ano seguinte, Farina passou para a Ferrari, onde dividiu a equipe com Alberto Ascari, que dominou amplamente as temporadas de 1952 e 1953, obtendo 9 vitórias consecutivas, feito que nem o seis vezes campeão mundial Michael Schumacher chegou perto de igualar. Para “Nino” restou como consolação sua única e última vitória na categoria, no famoso circuito de Nurburgring, de quase 23km de extensão. O triunfo veio na temporada de 1953. Em 1954, Farina participou de algumas provas de carros esporte e em 1955 decidiu encerrar sua carreira na Fórmula 1, quando contava com 49 anos de idade

Em 1956 Farina teve um susto quando disputava uma corrida de uma categoria menor em Monza. Nesta prova, ele bateu e em seguida, tomou o rumo de Indianápolis, onde disputou as 500 milhas, sofrendo um novo acidente, em que fraturou a clavícula. Nesta mesma corrida só que em 57, seu companheiro de equipe bateu e veio a falecer, levando o italiano a decidir-se pela aposentadoria das pistas.

Uma figura notável no campeonato mundial de F1, Farina era reconhecido por sua inteligência e pelo estilo de pilotagem, mas também pelo seu gênio petulante e pela indiferença com que tratava seus colegas na pista. A ironia em sua vida é que depois das batidas que sofreu no fim da carreira, ele morreu vitima de um acidente de carro a caminho de Remis, quando iria acompanhar o Grande Prêmio da França de 1966. Ele faleceu poucos meses antes de completar 60 anos de idade.

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