Newey vê regras de 2026 como “desafio estimulante” na F1

segunda-feira, 14 de julho de 2025 às 9:48

Adrian Newey

Adrian Newey está totalmente imerso no desenvolvimento do carro da Aston Martin para 2026. Embora ainda falte meio ano para a estreia do novo regulamento, o engenheiro britânico já deixou claro que seu foco está completamente voltado para o futuro.

Aliás, sua decisão de deixar a Red Bull foi tomada ainda em meados de 2024, muito antes da queda de Christian Horner. Desde então, ele passou a concentrar seus esforços exclusivamente no ambicioso projeto da equipe verde.

Durante o fim de semana em Silverstone, Fernando Alonso reforçou esse cenário ao comentar com bom humor: “Sempre que perguntamos algo sobre o carro deste ano ou tentamos melhorar alguma coisa, ele simplesmente sai da sala. Ele já vive em 2026”.

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Mudança histórica desafia todas as equipes da F1

Dessa vez, o desafio é ainda maior. Isso porque, pela primeira vez em décadas, as regras para chassi e unidade de potência mudarão simultaneamente. Portanto, todas as equipes precisarão reavaliar profundamente como integrar os novos conceitos aerodinâmicos e mecânicos.

Para Newey, isso representa muito mais do que uma dificuldade técnica. Segundo ele, é uma chance rara de explorar novas ideias e quebrar paradigmas.

“As novas regras são um desafio enorme”, afirmou. “Nunca tivemos uma mudança tão ampla de forma conjunta. Por isso, todos estarão trabalhando intensamente para encontrar o melhor caminho”.

Além disso, o novo carro da Aston Martin virá equipado com motor Honda, o que adiciona mais um elemento estratégico ao desenvolvimento.

De crítico ferrenho a entusiasta convicto

Durante os últimos anos, Newey não poupou críticas ao regulamento técnico da Fórmula 1, argumentando que as normas estavam cada vez mais restritivas para os engenheiros. No entanto, sua visão sobre as regras de 2026 mudou consideravelmente.

Na verdade, o britânico hoje parece mais animado do que nunca com a possibilidade de inovar. Durante o Festival de Velocidade de Goodwood, ele revelou um novo entusiasmo ao ser entrevistado pelo DAZN.

“Estou achando essas mudanças no regulamento muito estimulantes”, declarou. “Existe uma oportunidade real para testar ideias novas – e isso vale para todos. Não estou dizendo que vamos fazer algo espetacular, mas sem dúvida é extremamente motivador”.

A prancheta segue viva na era digital

Apesar da crescente digitalização do design de carros de F1, Newey mantém uma abordagem tradicional – o que, para ele, continua fazendo sentido. Mesmo com softwares avançados à disposição, ele prefere rascunhar ideias à mão, direto na prancheta.

“Sou o último dinossauro da indústria ainda usando uma prancheta”, brincou. “Mas para mim, isso é uma linguagem. Um jeito de transformar ideias abstratas em algo concreto e evolutivo”.

Esse método, embora pareça antiquado, ajudou Newey a conquistar títulos com equipes como Williams, McLaren e Red Bull. E como já aconteceu em outros momentos de virada no regulamento, o mundo da F1 estará mais uma vez de olho em sua próxima criação.

Newey + mudança de regras = fórmula de sucesso?

Historicamente, Newey costuma brilhar justamente quando a F1 passa por grandes transformações técnicas. Em outras palavras, ele sabe como poucos interpretar novas regras e extrair performance onde os outros ainda tateiam.

Agora, com um novo desafio pela frente e liberdade criativa renovada, resta saber se a Aston Martin conseguirá traduzir sua genialidade em resultados concretos.

 

LS - www.autoracing.com.br

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