Presidente da Honda descarta continuar com a Red Bull em 2026

quinta-feira, 17 de julho de 2025 às 9:04

Red Bull-Honda

Embora Mohammed Ben Sulayem ainda alimente esperanças de ver os V8 aspirados de volta à Fórmula 1, os fabricantes de motores têm uma visão bem diferente. Na prática, todas as atenções estão voltadas para o futuro regulamento de 2026.

Reuniões realizadas no início da temporada chegaram a explorar uma possível mudança de rota. Entretanto, os debates sobre recuar no processo de eletrificação perderam força, principalmente diante dos riscos de perda de performance e impacto negativo no espetáculo.

Watanabe: “As conversas pararam, mas podem voltar”

O presidente da Honda Racing Corporation, Koji Watanabe, foi direto ao falar sobre a atual posição dos fabricantes. Segundo ele, apesar de declarações recentes da FIA, o retorno aos V8 não está sendo discutido.

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“Por enquanto, as conversas pararam”, afirmou ao portal japonês as-web.jp. “Portanto, nós, os fabricantes de unidades de potência, estamos totalmente concentrados em 2026. Contudo, se os ideais da FIA continuarem os mesmos, acredito que as discussões possam ser retomadas no futuro”.

A Honda, vale destacar, nunca escondeu sua preferência por manter a eletrificação como parte essencial da tecnologia da F1.

“Estamos cientes da situação atual da categoria. Ainda assim, a nossa visão segue firme: queremos que a F1 permaneça como o auge do automobilismo mundial”, disse Watanabe.

“Por isso, continuaremos debatendo qual arquitetura de motor é a mais adequada. Atualmente, acreditamos que a eletrificação é indispensável para que a categoria caminhe rumo a um futuro mais sustentável”.

Red Bull e Honda: separação definitiva para 2026

Além disso, a parceria entre Red Bull e Honda está com os dias contados. A montadora japonesa se juntará à Aston Martin a partir de 2026. Já a Red Bull desenvolverá seus próprios motores em colaboração com a Ford.

Embora haja especulações de que a Red Bull esteja enfrentando dificuldades com sua unidade de potência para o novo regulamento, Watanabe descartou qualquer chance de retomada do vínculo.

“Isso é totalmente inviável”, afirmou. “Mesmo que fôssemos procurados agora, já seria tarde demais para preparar algo até 2026. As chances são literalmente zero”.

Marko: “Confio nos nossos engenheiros”

Apesar dos rumores sobre um possível déficit de potência no motor Red Bull-Ford, Helmut Marko tratou de minimizar a preocupação.

“Ninguém pode prever o futuro com precisão”, disse ao f1-insider.com. “Mas quatro elementos serão cruciais: a bateria, o motor a combustão, o software e algo que não deve ser subestimado, o biocombustível obrigatório”.

Marko, portanto, reforçou sua confiança na equipe técnica.

“Confio totalmente nos nossos engenheiros. Inclusive, tenho recebido feedbacks bastante positivos”.

Aston Martin se fortalece com Newey e Cowell

Por fim, a Honda acredita que sua futura parceria com a Aston Martin será extremamente competitiva. Isso se deve, sobretudo, à chegada de nomes de peso como Adrian Newey e Andy Cowell, ex-chefe da divisão de motores da Mercedes.

“A Aston Martin já fez vários pedidos para melhorar sua competitividade”, revelou Watanabe. “Embora não saibamos se essas demandas partiram diretamente de Newey, estamos cientes de que Cowell tem profundo conhecimento sobre motores. Isso certamente nos favorece nas discussões técnicas”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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