Moto GP – Confira uma entrevista com Dani Pedrosa

A queda em Le Mans, que não lhe permitiu somar pontos em quatro etapas, não reduziu a confiança de Dani Pedrosa, que regressou com mais vontade do que nunca. O jovem da Repsol Honda Team já soma duas vitórias e três pódios – dois deles consecutivos nas últimas duas corridas – numa altura em que falta ainda disputar meia temporada. Pedrosa acredita que vai voltar à boa forma antes da próxima jornada em Brno para conseguir aumentar o total de pontos que já soma.

Laguna Seca marcou o início da segunda metade da temporada e também da breve parada de verão. Que planos tem?
“O meu plano é me recuperar porque tenho os músculos muito rígidos, então vou tentar descansar um pouco para que possam relaxar. Quando me sentir melhor quero treinar para evitar me sentir fraco na segunda metade da temporada.”

Para esta temporada tinha grandes expectativas, mas teve uma primeira metade difícil. Apesar disso quase fez mais cavalinhos do que nunca, em Jerez, no Estoril e em Sachsenring. Como avalia esta primeira metade da temporada?
“Na minha opinião, em relação a estas corridas, competi bem, mas tive azar.”

Costuma-se dizer que depois de cair o importante é regressar. Regressou em grande estilo! Teve vitórias inesperadas em Portugal e na Alemanha. As suas vitórias este ano têm sabor especial?
“Essas vitórias tiveram, realmente, um sabor especial. Principalmente depois das lesões que sofri porque nunca estive 100%. Estas vitórias me deram um grande nível de confiança. Os meus rivais estão no pleno da forma, então estou ansioso para recuperar a forma para poder lutar com eles em pé de igualdade.”

O fim do ciclo de vida da toda moto está próximo, mas em que áreas acha que pode melhorar até ao final do ano?
“A estabilidade e entrada em curva são sempre matérias complicadas; especialmente nas pistas com mais ondulações. De todas as formas, a moto está respondendo muito bem neste momento.”

Vimos várias quedas nos primeiros minutos de treinos este ano devido às dificuldades de aquecimento dos pneus. Andaram para trás nesta área?
“Sim, sem dúvida. Agora os pneus, os traseiros e frontais, quando estão frios são um pouco mais perigosos. Nesta primeira metade da temporada vimos que quase todas as quedas ocorreram quando os pneus eram novos.”

Como vê os seus principais rivais?
“Estão fazendo um bom trabalho. Fiquei fora da competição, o que lhes facilitou um pouco a vida. A competitividade é muita. Há um nível muito elevado, mas podemos dizer que nenhum está a 100%. O Jorge cometeu alguns erros e apenas o Stoner tem sido mais consistente.”

Que objetivos traçou para as provas restantes?
“A minha meta é me recuperar totalmente e, assim, ser capaz de ganhar algumas corridas.”

Como se sente física e mentalmente para estes oito GPs?
“Neste momento não estou 100%, mas espero me recuperar progressivamente, corrida após corrida, e espero ser capaz de lutar no final.”

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