Moto GP anuncia congelamento de regras por cinco anos

sexta-feira, 26 de junho de 2015 às 15:50
Carmelo Ezpeleta

Carmelo Ezpeleta

O campeonato da Moto GP entra em nova era, com a adoção de medidas fundamentais para garantir estabilidade nos próximos anos. “Este acordo foi possível pelo consenso que temos graças à Comissão de Grandes Prêmios”, explicou o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, numa conferência de imprensa feita na sexta-feira em Assen e da qual participaram também o presidente da FIM, Vito Ippolito, e o presidente da IRTA, Hervé Poncharal.

Carmelo Ezpeleta: “Quero agradecer em particular a todos membros da MSMA, primeiro à FIM, que nos permitiu falar com todos, e à IRTA, que nos trouxe as opiniões do paddock além de nos ter aconselhado. E também à própria MSMA, que nos dá a opinião dos construtores. Queremos agradecer em especial a três companhias: Ducati, Honda e Yamaha que têm sido muito participativas e têm ajudado no sucesso do campeonato”.

“Estamos muito contentes e um muito obrigado a eles por nos permitirem fazer isto. Também às equipes por nos permitirem isto, não foi fácil para elas, mas cremos que este acordo é bom para todos, em particular para as equipes privadas”.

“Este é um processo que começou com as CRTs, depois com a classe Open, depois a eletrônica padrão para todos e termina com a estabilidade do campeonato. Todos os regulamentos técnicos vão manter-se inalterados até 2021 a não ser que todos aceitem alterar alguma coisa, ou por motivos de segurança. A partir de 2017 vamos ter seis construtores participando da Moto GP: Aprilia, Ducati, Honda, KTM, Suzuki e Yamaha. Todos estes seis têm o direito de participar do campeonato com dois pilotos oficiais. Têm também a obrigação de colocar um mínimo de duas motos no mercado para aluguel, com um máximo de quatro, para as atuais equipes do campeonato. Estas motos terão um preço máximo de 2,2 milhões de euros por ano, incluindo tudo exceto custos de acidentes. Isto aplica-se apenas para as equipes atuais. Agora temos 25 pilotos participando e para o período de 2017 a 2021 o mínimo será de 22 pilotos e o máximo de 24. Não vamos admitir outras equipes ou construtores se formos além dos 22 pilotos; isto serve para apoiar as equipes que têm participado da Moto GP”.

“A Dorna também tem o direito de comprar o lugar das duas últimas equipes no campeonato em cada ano. Isto é um direito, não uma obrigação. Esperamos não ter de usar este direito. Se algum novo construtor chegar será obrigado a chegar a acordo com uma equipe privada existente; não vamos admitir novos construtores como fizemos no passado”.

“A contribuição da Dorna através dos construtores, e em especial das equipes privadas, representará um aumento de mais de 30% entre 2016 e 2017. Com isto, em particular para as equipes privadas, as formações terão recursos suficientes para pagar o aluguel aos construtores de acordo com os preços anteriormente referidos”.

“É importante para o mercado estar aberto; com seis construtores as equipes podem escolher com quem vão chegar a acordo. Esperamos que este acordo promova a estabilidade. Temos 13 pilotos separados por um segundo hoje, um campeonato muito competitivo. Queremos agradecer a todos os que nos ajudaram a chegar até aqui. Cremos que com a mesma eletrônica o campeonato será ainda mais disputado”, concluiu o CEO da Dorna Sports.

EB - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.