Moto 1000 GP – Após acidente grave, Renan permanece na UTI

domingo, 10 de julho de 2011 às 17:46

moto1000-ralvesO paulista Renan Ricardo Valério Alves, 31 anos, sofreu um grave acidente durante o warm up para as provas deste domingo (10) do Moto 1000 GP, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. O piloto da equipe Sport Plus Racing passou direto no final da reta principal e bateu contra a proteção de pneus situada na curva Um do traçado antigo do circuito paulista.

Renan Alves foi atendido às 10h50 pela equipe do doutor Marcos Korukian, responsável pelo serviço médico do Moto 1000 GP. O piloto estava inconsciente durante todo o atendimento. Além de sofrer uma fratura no fêmur direito, teve um edema por conta de um traumatismo craneo-encefálico (TCE).

Korukian explicou que logo após ter sido colocado o colar cervical, foi iniciada a ventilação com bolsa-máscara e em seguida houve a aplicação da medicação para a sequência rápida de entubação do piloto. Imobilizado na prancha, Renan Alves foi encaminhado para o Hospital Grajaú, em condições já estáveis.

O médico responsável do Moto 1000 GP explicou que no hospital o piloto passou por tomografias de crânio, cervical, tórax, abdome e pelve, além de radiografias. Ainda neste domingo o piloto será avaliado pela equipe de trauma do hospital e encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Mais uma vitória de Alan Douglas na GP1000

Mais uma vez, Alan Douglas dos Santos comemorou a vitória na categoria GP1000 do Moto 1000 GP. O piloto paulista da equipe Pitico Racing, terceiro no grid, repetiu o desempenho da abertura da temporada, na sexta-feira (8), e cruzou em primeiro a linha de chegada da prova que complementou neste domingo (10) a primeira rodada dupla da mais nova competição do motociclismo brasileiro, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

Já tendo atestado o rendimento da BMW número 78 da Pitico Racing na primeira corrida do evento, Douglas teve um início de corrida ponderado. Assumiu o segundo lugar logo no início da disputa e, na abertura da quinta volta, superou a BMW número 3 de Luiz Carlos Cerciari, que largou da pole-position. O duelo entre Douglas e Cerciari nas três voltas seguintes manteve os dois pilotos separados por menos de dois décimos de segundo.

A partir da oitava volta, Douglas passou a administrar sua vantagem. Ao mesmo tempo, o catarinense Sarin Carlesso, inscrito com a Suzuki número 62 a Pitico Racing, conseguia boa aproximação em relação a Cerciari. A disputa pelo segundo lugar só foi definida na última volta, com Carlesso superando Cerciari na subida do Café. Diego Faustino, com a Kawasaki 600cc da Mobil Rush Team, foi o quarto colocado, com Joel Soares Júnior, de Honda, em quinto.

Alan Douglas não escondeu a emoção ao fim da corrida. “Eu sou tão novo quanto esse campeonato, e o campeonato vai crescer e eu quero crescer junto, quero evoluir e chegar a ser o melhor piloto do Brasil em pouco tempo”, disse. “Eu devo esse momento à minha família, à minha namorada, a todo mundo que tem me apoiado”, fez questão de agradecer, citando seus patrocinadores Tutto Moto, Suomy, W2 Boots, Design Pinturas e Pitico Racing.

O líder do campeonato fez questão de revelar dificuldades enfrentadas na primeira rodada dupla do Moto 1000 GP. “Eu ganhei as duas primeiras corridas e isso pode ter feito parecer que foi fácil, mas não foi nada fácil. Mas por outro lado a minha moto esteve perfeita durante o fim de semana todo, isso me deixou muito confiante. E a equipe fecha o fim de semana com uma dobradinha. Foi fantástico, agora vamos partir para a próxima”, disse.

Carlesso, segundo colocado, também destacou suas dificuldades do fim de semana. “Foi difícil para encontrar o acerto, para a adaptação aos novos pneus e ao equipamento como um todo. Mas consegui me concentrar, com isso fiz uma largada boa e procurei ficar o tempo todo perto dos dois primeiros. Na última volta, resolvi ir para cima e consegui o segundo lugar”, resumiu o catarinense, que tem o apoio de Vip Car Renault e Vip Car Nissan.

Para Cerciari, terceiro colocado, o saldo foi altamente positivo. “Eu gostei muito, até porque meu objetivo inicial era chegar ao fim da prova, eu já estava parado há algum tempo e a minha condição física não é a ideal”, ponderou o piloto da Cerciari Racing. “Foi fantástico, muito divertido, e agora é tratar de melhorar o condicionamento físico e os ajustes da moto, porque a concorrência vai ser cada vez maior e mais forte”, concluiu o piloto.

Na pista, um dos destaques da prova ficou por conta de Juãozinho Simon, que recebeu a bandeirada final em quinto lugar. Ele, contudo, foi desclassificado por não cumprir um drive-thru, anunciado ainda no início da corrida pela direção de prova, por uma irregularidade desportiva no pit lane durante os procedimentos de formação do grid. Simon, também da equipe Pitico Racing, havia feito a volta mais rápida da corrida, com o tempo de 1min43s904.

O Moto 1000 GP tem patrocínio oficial de Petrobras, Lubrax e BMW Motorrad, apoio de Michelin e Beta Ferramentas e parceria técnica de Servitec Dinamômetros, W2 Boots, Vaz, Akrapovic, K&N e MRA. Depois de 16 voltas, o resultado da segunda etapa do Moto 1000 GP na categoria GP1000 foi o seguinte:

1º) Alan Douglas dos Santos (SP/BMW), 28min03s202
2º) Sarin Carlesso (SC/Suzuki), a 3s799
3º) Luiz Carlos Cerciari (SP/BMW), a 4s319
4º) Diego Faustino (PR/Kawasaki), a 34s640
5º) Joel Felipe Soares Júnior (SP/Honda), a 35s887
6º) Osmar Gonçalves (SP/Honda), a 38s985
NÃO COMPLETARAM
Daniel Gurgel Mendonça (BA/Honda), a 7 voltas
Jaime Pereira Cristobal (SP/Honda), a 11 voltas
DESCLASSIFICADO
Juãozinho Simon (SP/Honda)
Melhor volta: Douglas, na 12ª, 1min44s106, média de 149,005 km/h

Com o resultado da corrida deste domingo, Alan Douglas vai a 50 pontos na liderança da categoria GP1000, 14 a mais que Cerciari, o vice-líder. Carlesso é o terceiro, com 30, seguido por Faustino, com 29, Soares Júnior, com 22, e Gonçalves, com 19.

Zampieri fatura também a segunda prova da BWM S1000RR Cup

Eduardo Zampieri conquistou a segunda vitória consecutiva na BWM S1000RR Cup, uma das categorias do Moto 1000 GP. Na prova deste domingo (10) no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, o piloto da equipe Moto 1000 GP conseguiu impor um ritmo forte durante as 13 voltas e recebeu a bandeirada da vitória com pouco mais de 10s de vantagem sobre o segundo colocado, Ricardo Kastropil, da equipe Castropil. O pódio também teve Fernando Itapura, da BMW Cup Full, terceiro.

Na coletiva de imprensa, Zampieri destacou que vencer em Interlagos é “uma satisfação única”. “Entrei na pista preocupado em terminar a prova com o equipamento inteiro. Consegui isso e ainda chegar em primeiro. A sensação é de missão cumprida”, disse. A estratégia inicial de Zampieri foi acompanhar o pelotão das motos da GP Light. Sua melhor volta foi cronometrada na quinta passagem, em 1min47s814. “Acompanhei o grupo até a metade da corrida. Depois percebi que estava à frente na minha categoria e decidi administrar a prova levando do jeito que estava até o fim”, descreveu.

Kastropil revelou que teve problemas na largada, por conta do controle de tração, o que facilitou a fuga de Zampieri. “Mas meu objetivo principal foi alcançado, eu consegui baixar meu tempo em relação à prova de sexta-feira”, constatou. Sua melhor volta, a sexta, foi em 1min48s584, contra 1min50s846 na corrida que abriu o campeonato dois dias antes. O piloto fez questão de destacar que um dos objetivos do Moto 1000 GP é o aprendizado. “E podem ter certeza de que já dá para perceber claramente nosso aprendizado. E vai ser assim a cada prova. Por exemplo, eu já sei que preciso treinar mais a largada para melhorar minhas possibilidades”, diagnosticou.

Já o terceiro colocado da prova, Fernando Itapura, durante a coletiva limitou-se a dizer que naquele era o homem “mais feliz do mundo”. “Eu gostei de tudo. Do clima de camaradagem, coleguismo e respeito entre os pilotos, gostei da organização. E do resultado, é lógico. Estou satisfeito”, resumiu. O ex-jogador de futebol Denílson Oliveira completou a corrida em quarto lugar. A liderança do campeonato é de Zampieri, com 50 pontos. Kastropil acumula 40, contra 29 de Oliveira e 16 de Itapura – que não disputou a primeira corrida.

Moto 1000 GP: João Victor Batista vence e também é líder da GP Light

O Moto GP 1000 tem dois pilotos dividindo a liderança da categoria GP Light. João Victor Baptista, com a Honda da Fura 300 Racing, conquistou na linha de chegada, após 13 voltas, a vitória na segunda corrida da primeira etapa, neste domingo (10) no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo. Eduardo Costa Neto, que venceu a corrida de sexta-feira (8), cruzou a linha de chegada em segundo lugar, com Sérgio Laurentys, terceiro, completando o pódio.

A primeira volta foi marcada pelo revezamento na liderança. Batista saltou à frente na largada, foi superado na segunda perna do ‘S’ do Senna e retomou sua primeira posição na reta oposta. Resistiu às investidas do piloto da Kawasaki até a sexta volta, quando Costa Neto voltou à primeira posição no trecho mais lento da pista – no complemento da volta, Batista retomou o primeiro lugar no início da reta dos boxes para mais uma vez abrir vantagem de 0s6.

A negociação com o tráfego dos retardatários quando a corrida chegou à metade favoreceu Batista – sua margem foi a 2s1 na sétima volta e chegou a 3s1 na oitava. Na nona, quando passou pela reta principal tentando se comunicar com a equipe agitando a mão esquerda, a diferença caiu a 2s4. Na décima, Costa Neto chegou a aniquilar totalmente o espaço que o separava do líder, embora houvesse exato um segundo de diferença à linha de chegada.

Na 11ª volta, foi Costa Neto quem se beneficiou da presença de pilotos retardatários na pista. Na aproximação para a curva Bico de Pato, assumiu a ponta apontou na reta principal como líder para a abertura da penúltima volta – chegou a ser superado por Batista, que acabou perdendo o traçado ideal na frenagem para o ‘S’ do Senna e caiu novamente para segundo. Costa Neto iniciou a volta dois décimos de segundo à frente de Batista.

A presença dos retardatários foi novamente decisiva na volta final. Costa Neto saiu da Junção em primeiro, mas viu-se sem o espaço ideal para consolidar uma ultrapassagem. Batista aproveitou para se reaproximar, apontou na reta dos boxes como segundo colocado e obteve a poucos metros da linha de chegada a ultrapassagem que lhe valeu a vitória – a diferença final entre os dois foi de 0s145. Laurentys, o terceiro, terminou a prova a 23s390 do vencedor.

“Quando o Dudu me passou, resolvi ficar atrás dele, poupando um pouco o equipamento para o final. Eu também fiquei bastante cansado, essa corrida foi muito mais cansativa que a de sexta-feira, vi que preciso melhorar o meu preparo físico, que não está como imaginava”, declarou Batista, piloto da Honda número 73 da equipe Fura 300 Racing. Ele compete com apoio de Fura 300 Racing, Case Tork Sul, Girux Lubrificantes e Açaí Demarchi.

Costa Neto, vencedor da corrida de sexta-feira, frisou a dificuldade que enfrenta por pilotar uma moto com motor de 600cc. “Ou eu encontro uns 30 ou 40 cavalos perdidos por aí, ou vou ter que comprar uma 1.000 cilindradas”, brincou. “Está difícil segurar o pessoal de 1.000cc. Por outro lado, eu fiquei bastante surpreso com o rendimento dos pneus Michelin, que me permitiram um ritmo forte até o final. Foi uma corrida deliciosa”, definiu o piloto da Mobil Rush Racing.

Laurentys, também piloto da Mobil Rush Racing, levou sua Triumph mais uma vez ao terceiro lugar no pódio. “Perdi a referência do grupo da frente porque, no começo, escorreguei demais, com os pneus ainda frio, aí não consegui mais recuperar. No finzinho, peguei retardatários na Junção e fiquei um pouquinho mais para trás. Mas foi uma corrida bacana, com isso nós vamos fazer um campeonato muito bonito”, apostou o piloto, que é apoiado por Mobil Lubrificantes.

O resultado final da segunda prova, depois de 13 voltas, foi o seguinte:

1º) João Victor Rodrigues Batista (MS/Honda), GP Light, 23min16s697
2º) Eduardo Costa Neto (SP/Kawasaki), GP Light, a 0s145
3º) Sérgio Laurentys (SP/Triumph), GP Light, a 23s390
4º) Eduardo Zampieri (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 23s616
5º) Ricardo Kastropil (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 33s629
6º) Nick Iatauro (SP/BMW), GP Light, a 1min24s316
7º) Reynaldo Mendes (SP/BMW), GP Light, a 1min24s612
8º) Leymar Sanches (SP/BMW), GP Light, a 1ub27s422
9º) Brecht Pataki Mondragon (SP/Yamaha), GP Light, a 1 volta
10º) Fábio Teixeira Neto (MG/Yamaha), GP Light, a 1 volta
11º) Rodrigo Faria (SP/Yamaha), GP Light, a 1 volta
12º) Fernando Itapura (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 1 volta
13º) Samuel Andreghetto Júnior (SP/BMW), GP Light, a 1 volta
14º) Denílson de Oliveira (SP/BMW), BMW S1000RR Cup, a 1 volta
NÃO COMPLETOU
Glaucus Vinicius (SP/Kawasaki), GP Light, a 6 voltas
DESCLASSIFICADO
Sérgio Prates Pereira (SP/Suzuki), GP Light
Melhor volta: Costa Neto, na 12ª, 1min46s170, média de 146,109 km/h

EB – www.autoracing.com.br

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