Montadoras buscam soluções para o motor da F1

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015 às 13:45
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Motor Ferrari gerando energia elétrica

Refletindo sobre o ano que passou, Toto Wolff está contente com o desempenho geral de sua equipe Mercedes AMG F1, embora ele admita que nem tudo tenha sido fácil. “Mônaco foi o ponto baixo emocional [um erro de estratégia custando a vitória de Lewis Hamilton]. Vimos que nossos sistemas falharam em vários aspectos. E eu fazia parte desse sistema. Mas nós tomamos providências, alteramos certas coisas, para evitar problemas similares no futuro.” Toto reconhece que o desempenho dos carros em Cingapura também foi um golpe duro.

No entanto, por mais que Wolff esteja satisfeito, ele também reconhece que a Formula 1 está enfrentando alguns desafios importantes no presente. Em particular, a questão que envolve as unidades de potência atuais, que estão custando aos clientes cerca de 20 milhões de euros por ano. Os fabricantes têm prazo até janeiro para apresentar soluções para este problema, ou enfrentar o fantasma da dupla Todt-Ecclestone forçando a introdução de um projeto alternativo de motor, supostamente fornecido por um fabricante independente, a um custo de cerca de 10-12 milhões de euros.

Ecclestone está particularmente interessado nesta idéia e se opôs os híbridos V6 antes mesmo de eles estrearem na pista. No entanto, Jean Todt aprova os híbridos, pois acredita que eles demonstram a complexa tecnologia de vanguarda que a F1 é capaz de desenvolver. Assim, se os fabricantes puderem acalmar as preocupações de Todt, o motor alternativo será descartado sem mais delongas.

Toto Wolff acredita que este será o caso. “Em janeiro, vamos apresentar um conceito que se baseia na arquitetura que temos no presente, mas vai consertar os erros que cometemos. O ronco de um F1 precisa ser mais alto, mais emocionante e os carros precisam de mais potência e uma velocidade máxima superior.” Toto descarta a ideia do motor alternativo ordinário,” é um disparate completo e apenas algumas pessoas ainda estão debatendo isso. Estamos usando híbridos nas ruas e vamos continuar competindo com eles.”

Pode ser que Wolff esteja se referindo à Red Bull Racing, que é talvez a única equipe alinhada com Ecclestone pressionando pelo motor alternativo, quando a batalha política da F1 recomeçar no novo ano. No entanto, com todos os quatro fabricantes da F1 atuais comprometidos com o poder do motor híbrido, parece improvável que eles possam ser persuadidos a permitir um motor alternativo. Ferrari, Mercedes, Honda e Renault devem encontrar um modelo de negócio “alternativo” que lhes permitirá oferecer unidades de potência para os clientes a um preço mais competitivo, porque o espectro de perder isso para um motor “independente” iria destruir seus atuais planos de negócios de qualquer maneira.

Nota do editor: O motor alternativo pensado por Ecclestone não é híbrido, trata-se de um motor tradicional turbinado.

AS - www.autoracing.com.br

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