Moleques bons de roda!

Preparando a surra...

Por: Adauto Silva

Nesta semana do GP do Brasil tive a oportunidade de conhecer dois novos super pilotos de F1; Max Verstappen e Carlos Sainz Jr.

Convidado pela Estrella Galicia, marca espanhola de cervejas patrocinadora da equipe Toro Rosso, pude conversar e até participar de uma corrida num simulador contra os dois jovens feras.

A primeira coisa que chama a atenção é a juventude de ambos, principalmente de Max, que tem 18 anos, mas cara de no máximo 15.

Max Verstappen

Apesar disso, são extremamente bem articulados e muito bem preparados para encarar o maior desafio que existe no automobilismo mundial; ser bem sucedido na F1, que pela natureza da categoria, é um triturador de pessoas, ainda mais sendo tão jovens.

Perguntei a eles qual motor vão usar no ano que vem, mas lógico, escorregaram como quiabo na resposta: “Fique tranquilo, vai ser um motor bom”, disse Max.

“Estou tranquilo,” respondi. “Mas vocês não devem estar muito!”

“Será um motor bom”, disse Carlos.

Depois perguntei a Carlos de novo quando tive outra oportunidade: “Será um motor vermelho?”

Ele deu um sorriso e disse: “Pode ser, mas nós não temos certeza ainda. Pode ser um sem cor alguma também.”

Ambos me contaram como a ajuda de seus pais foi e é importante para suas carreiras. Jos, pai de Max, não tinha nem 10% do talento de seu filho, mas conhece bem os meandros da F1 e portanto é de grande valia para as decisões do filho fora da pista.

Já o pai de Carlos não esteve na F1, mas foi campeão mundial do WRC e também conhece os atalhos para conviver bem com a fama e a pressão. Carlos me disse após um final de semana de corrida, ele fica totalmente exausto mentalmente e precisa de alguns dias para se recuperar.

“É tanta informação, tantas pressões, tantas reuniões e um nível tão intenso de competição, que nas primeiras corridas eu ficava praticamente em estado de choque nos dias seguintes,” disse ele.

“Nasci neste ambiente, fui criado em volta de carros de corrida e comecei no kart bem cedo. Mas apesar disso tudo, o nível de exigência da F1 assusta até quem já esperava por isso,” disse Max. “Mas tanto eu quanto Carlos adoramos isso tudo, principalmente competir”, completou.

E deu para ver isso. Mesmo sendo uma brincadeira no simulador, um não queria perder do outro de jeito nenhum. Quando nos sentamos lá, os dois ficarem sérios e deu para sentir o nível da rivalidade até quando a coisa não vale nada…

Pena para eles que o tiozão aqui também não é bobo e deu uma tremenda canseira na dupla!

Brincadeira, é lógico… só os vi na largada… depois só os via quando tomava volta!

Tomando poeira da molecada

Ah, uma dica pessoal. A cerveja sem álcool da Estrella Galicia – a única que experimentei lá – é simplesmente sensacional!

Adauto Silva

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