Mintzlaff explica saída de Horner da Red Bull na F1

Christian Horner

Oliver Mintzlaff comentou abertamente a decisão da Red Bull de encerrar o ciclo de Christian Horner no comando da equipe ainda no início desta temporada da Fórmula 1.

Horner liderava a equipe de Milton Keynes desde sua criação, em 2005. Ao longo desse período, comandou fases extremamente vitoriosas, incluindo títulos mundiais com Sebastian Vettel e Max Verstappen.

No entanto, após o Grande Prêmio da Grã-Bretanha, a situação mudou. Em meio a uma sequência de resultados abaixo do esperado, a Red Bull decidiu afastar Horner de suas funções.

Pouco depois, Laurent Mekies assumiu o cargo. A mudança coincidiu com uma reação clara de desempenho. A equipe voltou a ser competitiva, Max Verstappen terminou o campeonato apenas dois pontos atrás do título, ficando muito perto do quinto troféu consecutivo.

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Mudança foi vista como necessária

Segundo Mintzlaff, a decisão não envolveu dúvidas internas. Pelo contrário, a direção acreditava que uma ação imediata era indispensável diante da queda de rendimento.

“Eu não chamaria isso de um risco, porque estávamos 100% convencidos dessa decisão”, afirmou o CEO da Red Bull ao jornal De Telegraaf.

Para ele, o momento exigia uma resposta firme. “Sabíamos que precisávamos fazer algo”, explicou.

Ainda assim, Mintzlaff fez questão de esclarecer seu perfil de gestão. “Eu não sou um gestor do tipo ‘contrata e demite’, alguém que simplesmente demite pessoas”, destacou.

Histórico não garante o futuro

Apesar da saída, Mintzlaff reconheceu a importância de Horner para a trajetória da equipe. Segundo ele, o legado do britânico permanece valorizado internamente.

“Christian tem um histórico fantástico com a equipe e conquistou muito sucesso”, disse.

Além disso, o dirigente reforçou o respeito institucional. “Todos aqui na empresa, inclusive eu, apreciamos o que ele fez”, completou.

Mesmo assim, a Red Bull avaliou que não poderia se apoiar apenas no passado. Para Mintzlaff, uma organização profissional precisa olhar adiante.

“Você não pode continuar contando apenas com a história”, afirmou. “Sentimos que era hora de virar a página e começar um novo capítulo.”

Por fim, o CEO ressaltou o peso da decisão. Segundo ele, a escolha não foi simples nem impulsiva.

“Não foi uma decisão fácil, mas também não foi tomada da noite para o dia”, concluiu.