Mercedes terá sua primeira atualização de hardware em Melbourne

terça-feira, 5 de abril de 2022 às 12:41

Lewis Hamilton

O site oficial da F1 confirmou que a Mercedes está pronta para fazer a primeira grande mudança de hardware em seu carro neste fim de semana em Melbourne. Espera-se ver uma asa traseira totalmente nova, no mínimo, e talvez algumas mudanças no assoalho.

Estes são os primeiros do que a equipe espera que seja um programa de desenvolvimento que possa acessar o potencial que eles acreditam estar dentro do projeto W13. Mas é apenas uma mitigação de problemas aerodinâmicos subjacentes, para os quais é necessária uma solução mais profunda e que a equipe está pesquisando.

Asa traseira Mercedes x Red Bull – Ilustração Giorgio Piola

Uma comparação das asas traseiras usadas pela Mercedes e Red Bull  em Jeddah ilustra quanto mais área  principal tinha a asa da Mercedes. Espera-se que isso seja significativamente reduzido com a asa que será introduzida em Melbourne.

Por causa do grave problema de quique sofrido pelo carro, a equipe teve que andar com um acerto aerodinâmico muito diferente daquele que foi desenvolvido na simulação. Isso teve um impacto sobre os desenhos das asas traseiras escolhidas. O problema do quique significou que o carro não pode gerar o downforce da parte inferior da carroceria que a simulação sugeriu ser possível, e a única maneira de manter o problema sob controle foi aumentar a altura do carro em relação ao solo.

O problema é essa é uma maneira muito ineficiente de evitar o quique extremo, pois simplesmente reduz o downforce sem muita redução no arrasto. Em alguns casos, o arrasto pode realmente aumentar. Uma maneira preferível de manter o carro nesse limiar problemático seria usar uma asa traseira com menor downforce – mas elas não estavam disponíveis porque ainda não haviam sido feitas.

Sob o regulamento de teto de orçamento, as equipes estão sendo muito mais disciplinadas em como e quando fabricam componentes sobressalentes. Essencialmente, as asas com downforce menor que poderiam ter ajudado a aliviar seus problemas no Bahrain e na Arábia Saudita não estavam prontas, pois não havia sido previsto que seriam necessárias.

A asa usada em Jeddah era de fato uma asa de downforce menor do que a usada no Bahrain, mas não estava pronta a tempo para a primeira corrida. Há outra asa de downforce ainda menor do que a usada em Jeddah, que não estava disponível lá, pois ainda estava em processo de fabricação.

Comparação Bahrain x Jeddah

A asa usada pela Mercedes em Jeddah (embaixo) idealmente estaria disponível para o Bahrain, em vez da asa de maior downforce usada lá (em cima). Mas não estava disponível naquela época.

A asa traseira prevista para estrear neste fim de semana em Melbourne deve ter uma seção muito menor do que a usada em Jeddah, apesar de Albert Park geralmente ser uma pista de downforce mais alto do que Jeddah. Dito isto, as mudanças que foram feitas no layout da pista, em particular a remoção da antiga chicane das curvas 9-10 (substituída por uma seção reta até a chicane rápida) significam que o baixo arrasto será mais recompensador na pista australiana do que antes. Embora não na extensão de Jeddah.

Essencialmente, o Mercedes W13 está carregando mais asa traseira do que a equipe idealmente gostaria, dada o fato de eles terem tido que levantar o carro. Em Melbourne, espera-se que não seja o caso. Mas isso ainda deixa o problema subjacente de como curar o problema do quique. Isso pode implicar em um redesenho completo do assoalho.

Como média nas duas corridas, a Mercedes se classificou a cerca de 0,7s da pole position. Embora possamos ver um W13 mais competitivo neste fim de semana, isso deve ser apenas um passo no caminho para uma solução mais completa.

AS - www.autoracing.com.br

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