Mercedes se tornou uma equipe “parcialmente” de ponta

quarta-feira, 1 de maio de 2024 às 9:27

Mercedes

A Mercedes só pode afirmar “parcialmente” que ainda é uma equipe de ponta na Fórmula 1, de acordo com o ex-piloto Ralf Schumacher.

A marca alemã dominou totalmente a categoria durante a era inicial do regulamento híbrido entre 2014 e 2021.

Mas três temporadas consecutivas de performance abaixo da média na era das regras atuais custaram à Mercedes os serviços de Lewis Hamilton, que vai para a Ferrari em 2025.

Entretanto, Schumacher disse à revista Sport Bild que a má fase de Hamilton não é totalmente culpa da Mercedes.

“Obviamente, ele não é mais um jovem, isso fica evidente. Como muitos pilotos mais velhos, ele parece não se envolver mais com o carro e adaptar seu estilo de pilotagem”.

Schumacher acha que a saída de Hamilton pode até ajudar a Mercedes.

“Como diz o ditado, uma vassoura nova limpa. Parece que um pouco de confiança foi perdida com o tempo, mas agora veremos quem fica com aquele cockpit”.

O protegido de Toto Wolff, Kimi Antonelli, vem testando o carro de 2022 da Mercedes em Imola esta semana.

“Apenas parcialmente”, respondeu Schumacher à Sport Bild quando questionado se a Mercedes ainda é uma equipe de ponta.

“Eles têm um dos melhores, se não o melhor motor da F1. E ainda assim não são capazes de vencer porque há problemas em outras áreas, como a aerodinâmica. É por isso que estão sendo batidos por suas equipes clientes, como a McLaren, no momento”.

“Isso não é culpa do CEO da Daimler, Ola Kallenius”, acrescentou Ralf. “É responsabilidade de Toto Wolff garantir que tudo esteja funcionando”.

A Mercedes terá atualizações importantes no carro neste fim de semana em Miami, mas mesmo Wolff não parece muito otimista.

“Não sabemos realmente o que esperar porque tem sido uma temporada complicada até agora”, disse ele em um evento promocional em Nova York. “Vamos ver o que o cronômetro diz”.

Ao ser questionado se é cedo demais para descartar a Mercedes, Schumacher concordou: “Isso ficará claro quando a equipe fizer as primeiras melhorias no carro em Miami”.

“Mas pouco a pouco você perde a confiança de que eles realmente sabem o que estão fazendo. Começa com o desenvolvimento do carro, mas também tem a ver com a estratégia nas corridas e outras coisas”.

“A Mercedes está em uma situação muito crítica. Muitas vezes vimos equipes dominantes que se perderam e não conseguiram encontrar o caminho de volta”.

Mesmo em meio à piora da situação interna da Red Bull no momento, não parece provável que Max Verstappen aceitará a oferta de Wolff para substituir Hamilton em 2025.

“Depende de como a luta pelo poder na Red Bull se desenvolver, mas a Mercedes ainda é uma alternativa atrativa e possivelmente a melhor”, comentou Schumacher.

“Toto Wolff pode lhe oferecer um salário de príncipe, mas também contratos lucrativos para o período após sua carreira. O motor Mercedes também ajuda, mas a perspectiva esportiva imediata será ainda mais importante para Verstappen”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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