Mercedes não parece preocupada com velocidade máxima ainda

Mike Elliot – Mercedes

Lewis Hamilton apontou a velocidade máxima como uma área para a Mercedes melhorar após os testes de pré-temporada da F1.

O W14 da Mercedes (321 kph) teve um desempenho abaixo da concorrência nos pontos de velocidade máxima em Sakhir ao longo dos três dias de testes no Bahrain, com o RB19 da Red Bull e o SF-23 da Ferrari (ambos com 326 kph) liderando esse quesito.

O heptacampeão mundial Hamilton admitiu que a Mercedes “tem alguma coisa para ganhar em linha reta”, ao resumir a posição da equipe na nova temporada.

Mas conversando com Ted Kravitz, da Sky Sports F1, no último dia de testes de pré-temporada, o diretor técnico da Mercedes, Mike Elliott, pareceu oferecer uma explicação convincente para isso.

Elliott disse que a aparente falta de velocidade em linha reta da Mercedes não se deve a um problema de motor ou arrasto inerente, mas sim ao tamanho da asa traseira anexada ao W14.

Asa traseira com carga alta

A Mercedes optou por usar uma grande asa traseira em forma de colher dupla para melhor correlação e coleta de dados, enquanto os rivais Red Bull e Ferrari usaram asas de carga média em seus carros.

“Provavelmente não usaremos essa asa que usamos quando corrermos no próximo fim de semana”, revelou Elliott.

Elliott confirmou que a Mercedes estava propositalmente mantendo níveis constantes de downforce durante o teste, a fim de obter um controle maior de seu novo carro.

“Desenvolvemos bastante a eficiência aerodinâmica do carro durante o inverno”, explicou. “Como escolheremos fazer a corrida é sobre como pensamos ser a melhor maneira de fazer a corrida.”

“Obviamente, nos testes, trata-se apenas de tentar entender o básico do carro no geral e, portanto, não fizemos nenhum trabalho subindo e descendo o nível de downforce.”

“Mantivemos isso constante e tentamos obter todos os dados que pudermos do carro para entender o máximo que pudermos e os problemas que podemos enfrentar, e apenas construir a partir daí.”