Mercedes insiste que não mudou sua asa traseira no Catar

terça-feira, 23 de novembro de 2021 às 9:38

Asas traseiras Mercedes no Brasil de Hamilton e Bottas

O sensacional, acirrado e tenso campeonato mundial de 2021 agora está entrando nas etapas finais decisivas no Oriente Médio.

“Se Lewis vencer as duas últimas corridas, ele será campeão. E ele sabe disso”, declarou Mathias Lauda, filho de Niki Lauda, à Servus TV.

De fato, Lewis Hamilton agora está apenas oito pontos atrás de Max Verstappen, mas aparentemente com uma vantagem de performance cada vez maior.

Helmut Marko, da Red Bull, reconhece o perigo, mas ele também minimizou a diferença de desempenho entre as duas equipes de ponta da Fórmula 1.

“Nós cometemos um erro no Catar”, insistiu ele. “Nós ficamos quatro décimos à frente na primeira sessão de treinos. Depois daquilo, perdemos nosso rumo”.

“Hamilton, por outro lado, melhorou gradualmente e executou a performance de seu carro como precisava. Na terceira sessão de treinos, nós perdemos repentinamente três décimos na primeira curva”.

Enquanto isso, a grande vantagem de velocidade da Mercedes nas retas vista no Brasil foi significativamente menor no Catar.

“Nós ficamos mais equilibrados em velocidade máxima. Pela primeira vez em semanas, não tivemos uma desvantagem”, disse Marko.

Os dirigentes da Red Bull sugerem que isso ocorreu em parte porque a FIA tomou uma atitude contra a suposta flexibilidade da asa traseira da Mercedes. Eles inclusive alegam que a Mercedes usou uma asa diferente no Catar para passar nos novos testes.

“Não é verdade”, afirmou uma fonte da equipe à Auto Motor und Sport. “A asa não foi trocada. Ela era sólida de qualquer maneira. Você poderia colocar 100 kg sobre ela – então, talvez a Red Bull peça 105 kg da próxima vez”.

No entanto, o que é verdade é que o motor novo, descrito como um “foguete” da Mercedes por Marko após o Brasil, não foi usado por Hamilton no Catar.

Mas ele estará de volta nas duas etapas finais da temporada. “Nós teremos nosso motor novo lá”, confirmou Toto Wolff, chefe da equipe.

Lauda resumiu: “Essa é uma mensagem forte para a Red Bull”.

Toyoharu Tanabe, chefe técnico da Honda, parece tranquilo mesmo antes das duas últimas corridas da colaboração da montadora japonesa com a Red Bull.

“Quando se trata da vantagem da Mercedes nas retas, as características da pista têm um papel importante nisso”, declarou ele ao as-web.jp. “No Catar, a diferença não foi tão grande quanto no Brasil, mas o equilíbrio de poder muda constantemente”.

“Se conseguiremos nos distanciar ou se nossos rivais reduzirão a diferença depende amplamente do trabalho da equipe em geral. Nós devemos mostrar na Arábia Saudita e em Abu Dhabi o que fizemos durante o ano e o que mais somos capazes de fazer”.

LS - www.autoracing.com.br

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