Mercedes leva lendas das pistas ao Goodwood Festival of Speed 2025

A Mercedes-Benz brilhou em dois eventos britânicos emblemáticos no primeiro semestre de 2025. De um lado, a marca participou com força total do Festival of Speed de Goodwood, trazendo suas famosas Flechas de Prata. De outro, marcou presença na estreia do exclusivo Club Concours do Royal Automobile Club (RAC).

Com isso, a marca alemã reafirmou seu domínio histórico no automobilismo, tanto na Fórmula 1 quanto nas provas de endurance.

Da Fórmula 1 ao futuro: Mercedes encanta em Goodwood

Durante o Festival of Speed, a Mercedes-Benz Classic reuniu cinco carros de corrida icônicos. Entre eles, dois modelos chamaram atenção especial na famosa subida de colina de 1,86 km em Goodwood House: o W196 R de 1955 e o moderno W13 E Performance de 2022.

Ambos representaram momentos distintos da Fórmula 1. Contudo, juntos, homenagearam os 75 anos da categoria, cuja primeira corrida ocorreu em Silverstone, no dia 13 de maio de 1950.

Além disso, a presença desses dois carros reforçou a evolução técnica e esportiva da marca ao longo das décadas.

Ícones do automobilismo e valores impressionantes

Outro momento marcante foi a exibição de um dos pares mais valiosos da história do automobilismo. De um lado, o lendário W196 R, responsável pelos títulos de Fangio em 1954 e 1955. Do outro, o 300 SLR (W196 S), com o qual a Mercedes venceu o Mundial de Carros Esporte de 1955.

Ambos foram apresentados sobre o icônico caminhão de transporte “Blaues Wunder”, recriando uma das imagens mais simbólicas da era de ouro da marca.

Além disso, em janeiro de 2025, um W196 R com carroceria aerodinâmica foi leiloado por incríveis 51,55 milhões de euros, estabelecendo o novo recorde mundial para um carro de corrida vendido em leilão. Enquanto isso, o 300 SLR Uhlenhaut Coupé, vendido em 2022 por 135 milhões de euros, permanece como o carro mais caro de todos os tempos.

Esses números, por si só, mostram o valor cultural e histórico da coleção Mercedes-Benz Classic.

Lendas do volante conduzem as Flechas de Prata

Para pilotar essas máquinas históricas, a Mercedes convidou nomes consagrados do automobilismo. Bernd Mayländer, piloto oficial do Safety Car da F1, e Bernd Schneider, lenda do DTM com cinco títulos, assumiram o volante. Junto a eles, o ex-piloto de F1 Karl Wendlinger completou o time de especialistas.

Além disso, o atual piloto da academia da Mercedes, Frederik Vesti, e o experiente Valtteri Bottas pilotaram o carro híbrido W13, unindo tradição e modernidade em um mesmo palco.

Para completar, a Mercedes prestou uma emocionante homenagem a Jochen Mass, figura carismática e presença constante em Goodwood, falecido em maio de 2025. A homenagem foi feita com o lendário protótipo C11, que ele pilotava frequentemente no evento.

Conheça os destaques da frota histórica

A presença da Mercedes-Benz em Goodwood, acima de tudo, foi marcada por uma seleção cuidadosamente escolhida de carros históricos. Cada modelo, além de seu valor técnico, representa portanto uma etapa fundamental da evolução da marca. Veja a lista:

Mercedes-Benz W125 (1937)

Desenvolvido dentro da fórmula de 750 kg. Com 592 cv, deu a Rudolf Caracciola o título europeu de 1937 — o mais próximo de um campeonato mundial na época.

Mercedes-Benz 300 SL (W194, 1952)

Simbolizou o retorno da Mercedes às competições. Inspirou o icônico 300 SL “Asa de Gaivota” da produção em série.

Mercedes-Benz W196 R (1954–55)

Primeiro carro da Mercedes-Benz na F1 moderna. Pilotado por Fangio, venceu dois campeonatos consecutivos.

Mercedes-Benz 300 SLR (W196 S, 1955)

Protótipo baseado no W196 R, mas com motor de 3 litros. Venceu a Mille Miglia com Moss e Jenkinson em tempo recorde.

Mercedes-Benz C11 (1990)

Protótipo com chassi de fibra de carbono. Dominou o Mundial de Carros Esporte de 1990 com até 1.000 cv.

Mercedes-Benz C111-II (1970)

Superesportivo experimental com motor rotativo Wankel. Restaurado em 2024 com os quatro rotores originais.

Blaues Wunder (1955)

Transportador com motor do 300 SL, construído para a temporada de 1955. Alcançava até 170 km/h. Sua pintura azul e velocidade chamaram atenção por décadas.

Club Concours RAC: tradição e exclusividade em Woodcote Park

Antes do Festival of Speed, a Mercedes exibiu o W196 R e o 300 SLR na primeira edição do Club Concours do Royal Automobile Club. O evento foi realizado em Woodcote Park, nos arredores de Londres, reforçando ainda mais a ligação da marca com a elite do automobilismo clássico.

O RAC, fundado em 1897, tem raízes profundas na história da indústria. Seu fundador, Frederick Simms, foi parceiro comercial direto de Gottlieb Daimler.

Portanto, a presença da Mercedes no evento inaugural foi tão simbólica quanto técnica.

Tradição sobre rodas: legado que acelera o tempo

Com participações marcantes tanto em Goodwood quanto no Concours do RAC, a Mercedes-Benz provou mais uma vez que sua herança vai muito além das corridas. Embora cada modelo exibido represente conquistas passadas, todos seguem inspirando gerações.

Assim, entre subidas de colina, homenagens e motores lendários, a marca entregou ao público uma experiência única. Mais do que um desfile de clássicos, foi uma verdadeira celebração da alma do automobilismo.