Mercedes ficará na F1 mesmo com planos elétricos divergentes

terça-feira, 10 de maio de 2022 às 9:29

Ola Kallenius

A Mercedes deverá permanecer na Fórmula 1 mesmo se a categoria não se alinhar com sua meta de produzir apenas carros elétricos até 2030.

As flechas prateadas têm sido uma força dominante praticamente desde seu retorno à F1 como equipe em 2010, tendo conquistado oito campeonatos consecutivos de construtores e sete de pilotos.

No entanto, a temporada 2022 não vem sendo tão boa para a equipe até agora. Ela está em terceiro nos construtores com 95 pontos, atrás da segunda colocada Red Bull e da líder Ferrari, e continua enfrentando problemas com seu carro.

Longe do mundo da F1, a divisão de carros de rua da Mercedes revelou que só investirá em arquiteturas totalmente elétricas a partir de 2025 e planeja vender apenas carros elétricos de 2030 em diante onde as condições de mercado permitirem.

Ola Kallenius, CEO do Grupo Mercedes-Benz, está satisfeito por ver os passos que a F1 vem dando rumo à descarbonização.

“Nós decidimos seguir esta jornada de descarbonização – é a única decisão que você pode tomar – e o mesmo vale para a F1”, disse Kallenius em um seminário do Financial Times.

“O próximo regulamento de motores que nós teremos colocará muito mais importância na parte elétrica – e existe um compromisso claro de tornar a F1 neutra em CO2. Nesse regulamento, a parte elétrica do tempo de volta aumentará”.

“Ainda haverá um motor de combustão, mas ele será usado como laboratório para desenvolver combustíveis livres de CO2, que certamente serão necessários para a indústria da aviação, mas talvez para reduzir as emissões da frota existente de carros também”.

Kallenius acrescentou que a F1 ainda não está em uma situação onde pode depender unicamente da energia elétrica.

“Nós ainda não estamos em um ponto onde é possível fazer uma corrida como tivemos em Abu Dhabi com a energia de apenas uma bateria”, explicou ele.

“Um esporte como a F1 precisa ser um espetáculo, então o caminho tem de ser a descarbonização. A tecnologia da bateria ainda não está lá. Mas neutralizar o CO2, com uma ênfase maior na eletrificação, garante que a categoria continue muito relevante e nós ficaremos para correr”.

Kallenius preferiu não comentar se poderia haver uma futura união entre F1 e Fórmula E, acrescentando: “Eu não quero especular sobre isso. Tudo o que sei é que a F1 sempre será o auge do automobilismo”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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