Mercedes explica falta de velocidade nas retas

quinta-feira, 24 de março de 2022 às 9:26

James Allison

Depois da falta de velocidade nas retas durante o GP do Bahrain do último fim de semana, a Mercedes ofereceu uma explicação.

Lewis Hamilton conseguiu um pódio surpreendente na abertura da temporada após enfrentar dificuldades nos testes, com seu companheiro de equipe George Russell logo atrás, mas isso não disfarçou uma desvantagem clara para a frente do pelotão.

Em certo estágio da prova, as flechas prateadas estavam mais de meio minuto atrás de Ferrari e Red Bull, enquanto McLaren, Williams e Aston Martin – impulsionadas pela Mercedes – andaram nas últimas colocações.

Isso levou as equipes clientes e pilotos a notarem uma falta de performance da nova unidade de potência da Mercedes, que assim como todas as outras, teve de passar por ajustes para o novo combustível E10 e o congelamento dos motores.

Entretanto, de acordo com James Allison, chefe técnico da Mercedes, o déficit de velocidade nas retas visto no Bahrain se deveu amplamente a uma área chave – pelo menos para a equipe de fábrica.

“Eu creio que a maior parte disso está vindo do tamanho da nossa asa traseira”, declarou Allison.

“Se você olhar os carros passando nas retas um após o outro e observar a área frontal das asas traseiras que cada equipe tem, verá que nós estávamos usando a maior asa traseira. Elas são um grande fator no arrasto do carro e o arrasto é um grande fator na velocidade no fim da reta”.

“É claro que haverá outras diferenças – pode haver pequenas disparidades na potência dos motores. Mas eu acho que nenhuma das equipes tem isso sob controle no momento, exatamente qual é a ordem competitiva, e as diferenças, se existirem, provavelmente são mínimas”.

“Por outro lado, você pode ver as diferenças nas asas traseiras, e nós tínhamos as maiores asas”.

Allison aproveitou a oportunidade para explicar por que a Mercedes optou por uma asa traseira tão grande no fim de semana de Sakhir.

“Você poderia perguntar: por que nós usamos a maior asa e com ela não tivemos a performance que esperávamos em nosso carro?” continuou Allison.

“Bem, é claro que essa é a pergunta de um milhão de dólares aqui. Nós investimos muito tempo e esforço na tentativa de deixar o carro o mais rápido possível, mas ainda não entregamos algo competitivo”.

“Nós estamos tendo de usar uma asa grande no momento a fim de nos dar downforce para fazer o melhor tempo de volta possível com nosso carro, mas isso está ficando aquém do que é necessário para a competitividade”.

“Com um pouco de sorte, nós vamos melhorar rapidamente o nosso carro nas próximas corridas, o que também nos permitirá tirar um pouco de asa traseira dele e ganhar velocidade nas retas como consequência”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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