Mercedes desconfiou do W13 na primeira vez que foi à pista

As deficiências do W13 da Mercedes, que levaram ao seu desempenho menos competitivo em uma década, foram detectadas logo na primeira vez que o carro foi à pista, revelou a equipe.

O W13 foi lançado em Silverstone em 18 de fevereiro. Lewis Hamilton e George Russell guiaram o carro pela primeira vez naquele dia.

O chefe de operações da equipe, Andrew Shovlin, confirmou que foi quando a equipe percebeu que o W13 não estava funcionando da maneira que eles esperavam.

“Para ser honesto, os sinais estavam lá desde o início, mesmo no dia de filmagem que fizemos em Silverstone”, disse Shovlin em um vídeo divulgado pela equipe.

A preocupação da equipe ficou mais clara ao longo dos dois testes de três dias que se seguiram no Circuito da Catalunha e no Circuito Internacional do Bahrain.

“Depois passamos três dias em Barcelona e o carro não estava competitivo”, lembrou Shovlin. “Mas esperávamos uma grande atualização que traríamos para o Bahrain. Foi nesse ponto que percebemos que tínhamos um problema sério naquele teste do Bahrain”.

A Mercedes apresentou seu design agressivo de ‘zero sidepod’ no Bahrain.

“Colocamos o kit de atualização e simplesmente não fez o carro andar mais rápido”, disse Shovlin. “Agora, foi um ano interessante a partir dali, mas temos tido muito trabalho para tentar superar esses problemas.”

A equipe começou a progredir com o carro quando ele voltou à pista de Barcelona para o GP da Espanha em maio. “Foi onde demos o maior passo para chegar ao topo do fenômeno do quique aerodinâmico e conseguimos ter um desempenho muito bom”, disse Shovlin.

“Mas também nos permitiu ver que, uma vez que resolvemos esse problema, ainda havia outros problemas a serem resolvidos com a dirigibilidade do carro. Não era bom nos quiques mecânicos e nos deu uma clareza para trabalhar nas próximas etapas.”

“Embora tenha sido apenas um pequeno passo na direção certa do ponto de vista do aprendizado, foi uma atualização muito importante.”

Tendo passado quase toda a temporada sem vencer uma corrida, uma nova atualização introduzida pela equipe em Austin levou a uma vitória inédita de Russell duas corridas depois em Interlagos.

Shovlin está otimista de que a equipe agora entende todos os problemas que teve com o desenho de 2022 e os aplicará ao W14 do próximo ano. “É justo dizer que, quando chegar ao final da temporada, você já correu em vários circuitos, deve ter entendido praticamente todos os problemas e certamente até o final do ano.”

“Embora ainda tivéssemos alguns problemas com o carro que nos tornavam menos competitivos em algumas pistas, esses não eram problemas novos, eram problemas que podíamos antecipar e que já existiam há um bom tempo.”

“Agora, o grande trabalho que vem acontecendo nos últimos meses tem sido garantir que esses problemas no W13 não sejam levados para o W14. Fizemos um bom progresso lá e você pode ver que em algumas das atualizações posteriores, particularmente a atualização que trouxemos para Austin, apenas nos colocou um pouco mais perto da frente.”

“Muito do nosso foco foi garantir que possamos desenvolver um kit de atualização, trazê-lo para a pista e realmente vê-lo se traduzir em desempenho e esperamos que o ponto culminante desse trabalho signifique que podemos obter um pacote totalmente mais competitivo para o próximo ano .”