Mercedes defende táticas rígidas em seus contratos

Toto Wolff

Toto Wolff acredita que os termos contratuais estritos associados ao seu pessoal-chave proporcionam uma base para a estabilidade da Mercedes.

Cyril Abiteboul, da Renault, criticou a fabricante alemã no ano passado por sua posição “agressiva” em contratos de pessoal, que impõe longos períodos de licença para desencorajar os membros-chave da equipe a se mudarem para outra.

“Assinamos com uma pessoa sênior da Mercedes no ano passado, 2017, e ele não deve se juntar antes de 2019 por causa da situação contratual”, disse Abiteboul em outubro passado.

Wolff, no entanto, diz que termos específicos são escritos e aplicados pela Mercedes com a finalidade de preservar a estabilidade de sua estrutura. “É simplesmente uma questão de manter as partes importantes da organização em conjunto para garantir a estabilidade”, disse Wolff ao site Autosport.

“Neste caso, era um funcionário que acabou de assinar um novo contrato e a quem a Renault gostaria de ter. Isso não foi possível nesse caso porque faltava uma substituição”, explicou ele.

A própria Mercedes foi confrontada com uma saída que temporariamente afetou sua base, quando o chefe de tecnologia, Paddy Lowe, rumou para a Williams no início do ano passado. Felizmente para a equipe, o ex-chefe de tecnologia da Ferrari, James Allison, estava disponível.

Ainda assim, Wolff insiste que o sucesso da equipe está intimamente ligado à continuidade. “É a amplitude da equipe responsável pelo sucesso”, afirmou ele. “A durabilidade teve uma grande influência no sucesso. A equipe que montamos fez um bom trabalho”.

“Paddy tem excelentes qualidades, mas trazer James Allison foi a melhor decisão que poderíamos ter tomado. O sucesso de uma equipe de F1 não é isolado – meu, de Niki (Lauda), Ross (Brawn) ou Norbert (Haug) – mas sim da soma das pessoas que trabalham em conjunto. Devemos criar as condições de estrutura para que possamos ter sucesso”, concluiu.