Brundle critica escolha da Mercedes com Antonelli

terça-feira, 29 de julho de 2025 às 9:26

Kimi Antonelli

Martin Brundle voltou a criticar a Mercedes por lançar Kimi Antonelli diretamente em sua equipe principal na Fórmula 1.

Para ele, a escolha contrariou o modelo de sucesso adotado anteriormente com George Russell, que ganhou experiência na Williams antes de assumir um assento nas flechas prateadas.

“Ainda me pergunto por que não deram a Kimi alguns anos em um ambiente de menos pressão, como fizeram com George”, escreveu Brundle em sua coluna na Sky Sports F1.

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Performance em queda e sinais claros de desgaste

Atualmente, Antonelli enfrenta uma fase bastante complicada. No Grande Prêmio da Bélgica, por exemplo, foi eliminado tanto no Q1 da classificação quanto no SQ1 da sprint.

Logo depois, demorou mais do que o habitual para comparecer à zona de entrevistas e chegou visivelmente abalado. Na corrida, cruzou a linha de chegada apenas em 16º lugar.

Embora tenha começado a temporada com bons resultados – somando pontos em cinco das seis primeiras etapas, incluindo sprints – ele pontuou apenas uma vez nas últimas sete corridas. Ainda assim, o desempenho no Canadá lhe garantiu um inesperado pódio.

Problemas técnicos, acidentes e pressão crescente

Durante esse período de queda, diversos fatores comprometeram seu rendimento. O italiano enfrentou quebras de motor em Imola e na Espanha, além de se envolver em colisões tanto na Áustria quanto em Silverstone.

No entanto, apenas o acidente com Max Verstappen no Red Bull Ring ocorreu por erro direto de Antonelli.

Além disso, o W16 se tornou visivelmente mais difícil de pilotar nas últimas etapas. A instabilidade do carro aumentou os desafios, especialmente para um novato em processo de adaptação.

Como se isso não bastasse, rumores sobre uma possível ida de Verstappen para a Mercedes começaram a circular com força.

Inicialmente, a especulação envolvia George Russell como o provável substituído. Contudo, logo surgiram indícios de que a equipe poderia deslocar Antonelli para uma equipe cliente – como Williams ou Alpine, que receberão motores Mercedes a partir de 2026.

Protegido pela equipe, mas sob enorme exposição

Apesar da pressão, Antonelli ainda conta com um respaldo valioso. Diferentemente dos jovens da Red Bull, que vivem sob constante ameaça, o italiano se beneficia de uma espécie de blindagem interna na Mercedes.

“Ele é uma espécie protegida dentro da equipe. Não vive com o medo de ser descartado como os jovens da Red Bull”, observou Brundle.

Mesmo assim, o ex-piloto acredita que a Mercedes errou ao não dar tempo para o desenvolvimento do jovem em uma equipe menor. Segundo ele, isso teria oferecido um caminho mais sustentável até a F1.

“Ele é um talento geracional, como meu colega Nico Rosberg costuma dizer. Mas não podem deixar a cabeça dele desmoronar”, alertou.

Pausa no calendário chega em boa hora

Felizmente, a pausa de verão representa um alívio necessário. Antonelli precisa desse tempo para respirar, recuperar a confiança e refletir sobre tudo o que viveu até agora na elite do automobilismo.

Apesar de Verstappen ter garantido sua permanência na Red Bull em 2026, o clima de pressão sobre o jovem italiano ainda persiste.

Por isso, a Mercedes precisa agir com equilíbrio: ao mesmo tempo em que protege seu piloto, também deve prepará-lo com firmeza para os desafios extremos que a F1 exige.

 

LS - www.autoracing.com.br

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