Mekies e Vasseur alertam sobre desafio da F1

Laurent Mekies

Laurent Mekies e Fred Vasseur, chefes de equipe da Red Bull e da Ferrari, discutiram a transição da F1 para 100% de combustível sustentável a partir da próxima temporada. Esta será a primeira grande mudança nos regulamentos dos motores desde 2014.

Os dois concordam sobre a “enorme escala” do desafio. Afinal, a Fórmula 1 busca atingir a neutralidade de carbono até 2030. Apesar dos avanços positivos da categoria, a transição para os novos combustíveis representa um grande obstáculo para as fabricantes. Além disso, os custos devem subir consideravelmente.

A Fórmula 2 e a Fórmula 3 funcionaram como um campo de testes. Por exemplo, os campeonatos juniores já utilizavam uma mistura de 55% de combustível sustentável em 2023. Neste ano, eles passaram a usar 100% de combustível de origem biológica.

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Mekies: “Uma revolução na tecnologia”

Perguntado sobre o aumento dos custos, Mekies destacou o impacto geral para as equipes. “São regulamentos completamente diferentes”, disse o chefe da Red Bull. “Será uma revolução em termos de tecnologia. Isso é o que realmente importa agora.”

O esporte está em um ponto de virada, segundo Mekies. “É uma grande inovação porque é a primeira vez que a categoria correrá com 100% de combustível sustentável.” Ele também explicou que extrair o máximo de desempenho do novo combustível será um desafio enorme. “Será um desafio incrível para todas as fabricantes de combustível, para todas as fabricantes de unidades de potência”, adicionou.

Mekies argumentou que a questão dos custos vem em segundo plano. “Haverá um impacto financeiro em algum momento”, admitiu. “Mas, no momento, isso vem depois de considerarmos um combustível que atenda aos requisitos e nos permita obter o máximo de desempenho.”

Vasseur: “Não subestimem os benefícios”

A FIA e os fornecedores de combustível da F1 agendaram uma reunião para discutir a questão dos custos. Eles querem investigar quais passos podem ser dados para 2027.

Vasseur explicou que a reunião foca no “médio e longo prazo”. A ideia, portanto, é “manter as coisas sob controle”. Apesar das preocupações, o chefe da Ferrari fez questão de ressaltar a importância do avanço.

“Acho que não podemos subestimar o desafio de ir para 100% de combustível sustentável”, ele falou. “É um enorme passo para a F1 e uma nova direção que estamos tomando.”

Vasseur também abordou a questão dos gastos. “Para ser honesto, o combustível ainda não foi homologado. Assim, é difícil saber o custo exato para o próximo ano. Mas é claro que será um pouco mais caro que na temporada atual”, ele revelou. “Mas essa reunião é mais para o médio e longo prazo, para vermos como podemos adaptar os regulamentos futuros para manter as coisas sob controle.”

Vasseur concluiu com um ponto crucial. “Não devemos subestimar o benefício do combustível sustentável. Sim, isso tem um custo, mas é um enorme passo para a F1.”