McLaren revela valores milionários para testes na Fórmula 1
quinta-feira, 16 de outubro de 2025 às 9:25
Ryo Hirakawa
O processo judicial movido pela McLaren contra Alex Palou, campeão da IndyCar, trouxe à tona detalhes raros sobre os altos custos para guiar um carro de Fórmula 1, mesmo que por poucas voltas.
De acordo com a Sky Deutschland, documentos anexados ao caso mostram que o japonês Ryo Hirakawa, piloto de fábrica da Toyota, desembolsou cerca de US$3.5 milhões por um pacote exclusivo.
Esse pacote incluía um treino livre de GP e dois testes privados com a equipe britânica. Assim, o caso acabou revelando um aspecto pouco discutido dos bastidores da categoria: quanto realmente custa um assento, ainda que temporário, em um carro de F1.

Treino de luxo e estreia cara em Abu Dhabi
Hirakawa, de 31 anos, fez sua estreia na F1 durante o TL1 do GP de Abu Dhabi de 2024. No entanto, a oportunidade teve um preço altíssimo.
Segundo relatos, parte do valor foi coberta pela Toyota, o que evidencia como o apoio de montadoras continua essencial para abrir portas no grid.
Dessa forma, o caso mostra que o talento sozinho raramente é suficiente para garantir espaço entre os grandes.
Essas informações vieram à tona justamente no momento em que a McLaren cobra US$20.7 milhões em indenização de Palou.
O espanhol rompeu o contrato que previa sua transferência para a equipe da IndyCar e decidiu permanecer na Chip Ganassi Racing. Essa escolha, portanto, resultou em um conflito milionário e expôs práticas internas da equipe britânica.
Pagamentos até entre futuros titulares
Nos autos, a McLaren classificou a participação de Palou no TL1 do GP dos Estados Unidos de 2022 como um “gasto desperdiçado”, já que o piloto não cumpriu o acordo.
Além disso, os documentos revelaram quanto outros competidores pagaram por programas semelhantes, o que ajuda a dimensionar o custo real de acesso à F1.
Durante o depoimento, o CEO da equipe, Zak Brown, afirmou que “até Lando” Norris precisou pagar por sessões de teste no início da carreira.
Com isso, o dirigente reforçou que mesmo talentos reconhecidos precisaram investir pesado antes de conquistar um contrato fixo com a McLaren.
Portanto, essas revelações reforçam um ponto central: embora o talento continue sendo vital, o dinheiro ainda é uma ferramenta poderosa para quem busca espaço na categoria.
Alex Palou, alpine, automobilismo, comentar formula 1, formula 1, fp1, Haas, mclaren, pilotos pagantes, Ryo Hirakawa, testes f1, toyota, zak brown
ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.