McLaren explica por que rejeitou pedido de Piastri em Silverstone

Oscar Piastri e Lando Norris

Andrea Stella, chefe da McLaren, saiu em defesa de Oscar Piastri após o australiano sugerir uma troca de posições com Lando Norris nas voltas finais do GP da Inglaterra.

Embora a equipe tenha recusado o pedido, Stella afirmou que a iniciativa do piloto foi totalmente apropriada dentro da filosofia de trabalho da McLaren.

Penalização alterou a dinâmica da corrida

Durante grande parte da prova em Silverstone, Piastri liderou com ritmo forte e consistente. No entanto, tudo mudou após ele receber uma punição de 10 segundos por uma infração sob o safety car.

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Essa penalização foi cumprida no momento de sua última parada nos boxes. Com isso, acabou retornando à pista atrás de Norris, que ainda não havia feito seu pit stop naquele momento. No giro seguinte, o britânico entrou e voltou na liderança, mantendo-a até o final.

Pedido de Piastri refletiu filosofia da equipe

Apesar da troca não ter ocorrido, a postura de Piastri foi bem recebida. Segundo Stella, a equipe sempre encoraja seus pilotos a se comunicarem livremente durante a corrida. Portanto, o comentário de Oscar pelo rádio foi considerado natural e bem-vindo.

“Sempre dizemos aos nossos pilotos: não guardem as coisas na cabeça enquanto correm. Se tiverem algo a dizer, digam”, afirmou Stella à imprensa.

Ele destacou ainda que a equipe sempre avalia as sugestões de seus pilotos de maneira aberta, antes de tomar qualquer decisão estratégica.

Estratégia foi influenciada pelas condições da pista

A decisão da McLaren de manter a ordem entre os dois carros teve como base as circunstâncias da corrida.

No momento em que a pista começou a secar, a equipe optou por chamar Piastri primeiro para a troca de pneus. Como ele precisava cumprir a punição, o pit stop foi mais demorado do que o normal.

Em seguida, Norris entrou para sua troca e voltou à frente. De acordo com Stella, o único cenário em que Piastri poderia ter mantido a liderança mesmo com a penalização seria a entrada de um safety car naquele exato momento.

“Se houvesse um safety car, teríamos chamado os dois carros para os boxes ao mesmo tempo. Piastri pagaria a punição, Norris esperaria e ambos sairiam na mesma ordem em que entraram”, explicou Stella.

Entretanto, como não houve nova neutralização, a McLaren preferiu seguir com a ordem natural resultante das paradas.

Decisão foi considerada justa para ambos

No final, a equipe concluiu que manter as posições era a escolha mais equilibrada. Ainda que Piastri tenha sugerido a inversão, a McLaren entendeu que, dadas todas as variáveis, não havia razão esportiva ou estratégica para isso.

“Assim que a penalização foi paga durante a troca para pneus slicks, decidimos manter a ordem como estava. Foi justo para os dois pilotos”, afirmou Stella.

Confiança mútua continua forte dentro da McLaren

Mesmo sem a troca solicitada, Stella acredita que Piastri compreendeu perfeitamente a decisão da equipe. Além disso, elogiou a maturidade do piloto por se expressar de maneira clara e objetiva.

“Ele comunicou sua visão e isso é exatamente o que esperamos deles. Tenho certeza que Oscar entendeu nosso ponto de vista”, concluiu o chefe da equipe.