McLaren “pagou o preço” pela mudança de vento

sábado, 2 de agosto de 2025 às 15:05

Andrea Stella

A McLaren esteve prestes a dominar a primeira fila no GP da Hungria. No entanto, uma mudança repentina na direção do vento entre o Q2 e o Q3 frustrou os planos da equipe de Woking.

Como resultado, Oscar Piastri e Lando Norris acabaram apenas em segundo e terceiro no grid. Ao mesmo tempo, Charles Leclerc aproveitou a oportunidade e garantiu sua primeira pole position da temporada com a Ferrari.

Stella aponta vento como fator decisivo

Logo após a sessão, Andrea Stella admitiu que a expectativa era alta para conquistar uma dobradinha na largada. Afinal, a performance do MCL39 havia sido consistente tanto nos treinos quanto nas duas primeiras fases da classificação.

Quero ser VIP
 

“Estávamos confiantes. Vimos o rendimento do carro nos TLs, no Q1 e no Q2, e tudo indicava que poderíamos garantir a primeira fila. Contudo, as condições mudaram drasticamente”, explicou Stella à Sky Sports F1. “A direção do vento se inverteu, e infelizmente pagamos o preço”.

Além disso, Stella ressaltou que os pilotos adotaram uma abordagem mais conservadora no Q3. Segundo ele, a cautela foi compreensível, já que o nível de aderência se tornou imprevisível em diversas curvas.

“Acredito que os dois foram um pouco cautelosos demais. Como o vento estava instável, eles não sabiam o quanto poderiam forçar. Acabaram quatro décimos mais lentos do que no Q2. Enquanto isso, Leclerc arriscou, melhorou e mereceu a pole. Parabéns a ele e também à Ferrari”, completou o italiano.

Entenda por que o vento afeta tanto os carros de F1

Em seguida, Stella explicou por que a mudança na direção do vento foi tão crítica para o desempenho dos carros.

De acordo com ele, a Fórmula 1 depende intensamente da aerodinâmica. Por isso, qualquer variação no vento – seja de frente, de trás ou lateral – afeta diretamente o equilíbrio e a aderência.

“Os carros são máquinas aerodinâmicas. Assim, um vento de frente aumenta a carga nas curvas. Por outro lado, um vento de cauda reduz o apoio. O problema é que os pilotos não veem isso acontecer”, afirmou.

Mesmo com as instruções da equipe sobre a direção do vento, a situação se tornou caótica no Q3. Isso porque as rajadas se tornaram extremamente irregulares, exigindo reações rápidas e decisões em frações de segundo.

“Nós fornecemos algumas referências aos pilotos, claro. Contudo, em dias como hoje, o vento muda a todo instante. Portanto, o piloto precisa adaptar sua pilotagem curva a curva. Isso exige muito julgamento e inevitavelmente envolve assumir riscos”, finalizou Stella.

 

LS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.