McLaren explica risco das atualizações na F1

McLaren

Andrea Stella, chefe da McLaren, admitiu que o desenvolvimento aerodinâmico na Fórmula 1 sempre terá um “grau de incerteza”.

A equipe de Woking teve um péssimo início de temporada, com Lando Norris e o estreante Oscar Piastri lutando para chegar nos pontos ao volante de um carro pouco competitivo.

No entanto, um pacote de atualização radical que Norris recebeu na Áustria e Piastri na Inglaterra proporcionou uma melhoria impressionante.

A McLaren obteve dois pódios nas quatro corridas antes das férias de verão, além de uma segunda colocação na corrida curta em Spa-Francorchamps.

Haverá mais atualizações enquanto o foco é transferido para o monoposto do próximo ano com o objetivo de voltar a vencer, mas Stella avisou que há um grau de risco em cada pacote que é colocado no carro.

“Quando você tem um desenvolvimento aerodinâmico, existe um grau de incerteza”, declarou ele à mídia.

“No design mecânico, é basicamente uma ciência consolidada em termos das ferramentas que você usa para ir do ponto A ao ponto B – você tem mais controle do processo”.

“Mas na aerodinâmica, o ar tem um comportamento não linear e as coisas podem variar significativamente mudando só um pouco as condições iniciais, sempre resta um grau de incerteza mesmo quando as ferramentas lhe dizem que algo funciona”.

“Você coloca na pista e sempre fica um pouco nervoso. É específico da aerodinâmica como ciência, por isso eu sou prudente. Se fosse algo relacionado à metalurgia, eu teria mais certeza em minhas conclusões”.

“Essa variação existe porque é muito difícil controlar o comportamento do ar quando você começa a gerar vórtices e altos níveis de sucção ao redor do carro, o ar tende a ser bastante temperamental”.