McLaren e Haas discordam da Red Bull

terça-feira, 10 de agosto de 2021 às 14:38

Batida na primeira curva – GP da Hungria

Assim como já havia sido previsto no Podcast Loucos por Automobilismo, Christian Horner e a Red Bull tinham outra agenda ao ficarem tão irritados com Hamilton, Bottas e Mercedes após os acidentes de Silverstone e o da Hungria.  Na verdade eles não queriam uma punição mais severa a Hamilton, mas sim poder aumentar o limite de orçamento, que atualmente é de USD 145 milhões por equipe.

Horner disse que a equipe austríaca sofreu danos de mais de um milhão de euros somente com a batida de Verstappen em Silverstone.

Isso significa que a Red Bull teve que gastar esse dinheiro consertando o carro, às custas dos gastos planejados da equipe. O chefe da equipe sente que isso não se justifica, já que ele acha que foi a Mercedes quem realmente causou o dano. Horner, portanto, pleiteou uma revisão do limite de orçamento.

A Ferrari deus sinais que aprovaria isso, mas muitas das outras equipes não. McLaren e Haas, por exemplo, são contra e explicaram porque.

A McLaren suportou um péssimo GP da Hungria e saiu de Budapeste com zero pontos depois que Lando Norris foi eliminado após ser atingido por trás por Bottas. Daniel Ricciardo também sofreu danos que arruinaram a corrida no caos da curva 1 e “mancou” até o P11 no final da corrida.

Questionado se concordava com a Red Bull que a situação do limite de orçamento precisa ser reavaliada, o chefe da equipe da McLaren Seidl respondeu: “Não, de forma alguma.”

“Definitivamente não irei na direção que Christian está indo, mencionando que todas as equipes precisam separar uma verba dentro do orçamento para acidentes.

“No final das contas, é parte do jogo em que estamos, automobilismo é assim – cabe a nós gerenciar o orçamento da maneira certa.”

“Será um desafio garantir que agora teremos peças suficientes da nova especificação disponível para Spa, mas por outro lado, temos uma grande equipe em casa na produção e no lado da engenharia, então estou confiante de que podemos nos recuperar de o que aconteceu.”

“Não vejo como isso afeta nossos planos, para ser honesto. É bastante simples e direto. No início da temporada, com base na experiência dos anos anteriores, você simplesmente precisa contabilizar alguns acidentes que certamente acontecerão em treinos e corridas.”

“Isso é o que você precisa fazer, é isso que temos no orçamento e é esse o desafio em que estamos. É o mesmo para todos.”

E o que dizer das equipes menores do grid?

Depois que Mick Schumacher bateu no TL3 e se excluiu da classificação em Hungaroring, o chefe da equipe Haas, Guenther Steiner, admitiu que estava farto de que as batidas se tornassem “frequentes e pesadas demais” para sua equipe.

Schumacher também sofreu acidentes nas classificações em Mônaco e na França, com a primeira custando à Haas até USD 500.000.

Apesar disso, Steiner insistiu que o limite de orçamento tem que ser mantido.

“Precisamos conviver com isso, precisamos ter isso dentro do orçamento”, explicou ele. “Precisamos ser flexíveis o suficiente, isso é apenas ter uma boa gestão do oeçamento.”

“Porque, se de repente, temos menos acidentes, vamos reduzir o limite do orçamento novamente? Acidentes e danos nos carros fazem parte do automobilismo e farão parte de quanto risco você corre e do que você faz.”

“Isso sempre fez parte das corridas. Você não pode ajustar o orçamento ou o regulamento, de acordo com quantos acidentes você tem. Para mim, nenhuma mudança é necessária do que já foi acertado por todas as equipes”

AS - www.autoracing.com.br

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