McLaren defende escolha dos pneus duros em Silverstone

Andrea Stella

Andrea Stella, chefe da McLaren, diz que um safety car no momento errado levou Lando Norris a ter pneus duros colocados em seu carro no GP da Inglaterra.

Houve um período de safety car virtual (VSC) na volta 31 para a retirada da Haas de Kevin Magnussen, dando aos pilotos uma oportunidade para trocar pneus.

Naquele ponto, Norris estava cerca de nove segundos atrás de Verstappen, e com a vitória aparentemente fora de alcance, a McLaren decidiu lhe dar um jogo de pneus duros.

Contudo, o safety car acabou entrando após o período inicial de VSC, significando que a diferença de nove segundos entre Verstappen e Norris iria desaparecer, potencialmente permitindo ao britânico desafiar a Red Bull.

No entanto, quando o safety car entrou, Norris estava quase na entrada do pitlane, e Stella disse que teria sido operacionalmente difícil fazer uma troca repentina para os macios depois da opção pelos duros.

“Sob o VSC, nós estávamos satisfeitos em colocar os pneus duros porque não teria sido um problema em termos de aquecimento”, explicou Stella à mídia.

“Mas então o VSC se converteu em safety car quando estávamos entrando e tudo estava pronto para colocar os duros. Uma troca de último minuto para macios teria sido um problema operacional”.

“Se os mecânicos estão prontos com os duros e você escolhe os macios, significa que eles teriam de correr para a garagem, remover os cobertores e trazer os pneus de volta. Isso criaria uma situação complicada que poderia atrasar o pit-stop”.

Norris expressou sua insatisfação pelo rádio quando descobriu que estava com duros e os carros ao seu redor com macios, e ele precisou se defender robustamente de Lewis Hamilton porque seus pneus demoraram mais para entrar na janela operacional ideal.

No entanto, Norris conseguiu superar o período difícil e segurou Hamilton para chegar em segundo, com Stella notando que a alta velocidade de Silverstone proporcionou um aquecimento mais rápido do que outros circuitos.

“Nós pensamos que não era uma daquelas situações nas quais os pneus duros têm uma enorme diferença para os macios do ponto de vista do aquecimento”, continuou Stella.

“Se você consegue passar pelas quatro primeiras curvas e então chega até a nove, começa a gerar uma temperatura decente. Portanto, nós mantivemos a decisão simples”.

“Não quisemos mudar a alocação dos pneus no pit-stop porque isso poderia ter causado um atraso significativo. E aceitando que poderia ter nos custado uma posição na relargada, foi a coisa mais sensata a fazer”.