McLaren mantém críticas ao modelo de equipes associadas na F1

Racing Bulls e Red Bull

A McLaren continua firme em suas críticas ao modelo de equipes associadas na Fórmula 1. Esse formato, que mais chama atenção na propriedade simultânea da Red Bull e da Racing Bulls, segue sendo motivo de intenso debate.

Essa discussão não é recente. Desde muito antes, o CEO Zak Brown vem travando embates diretos com Christian Horner, ex-chefe da Red Bull.

Além disso, há quem afirme no paddock que as declarações de Brown após a saída de Horner – dizendo que a F1 estaria “melhor sem ele” – também tiveram ligação com o controle que Horner mantinha sobre as duas operações.

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Red Bull mantém controle duplo e intercâmbio constante

Mesmo após a mudança de gestão, a Red Bull segue como proprietária das duas equipes. A partir de 2026, ambas contarão com motores Red Bull-Ford, e consequentemente, continuarão promovendo transferências de pilotos entre si com facilidade.

Além disso, movimentações internas já ocorrem de forma rápida. Um exemplo recente foi a ida de Laurent Mekies da Racing Bulls para a Red Bull sem o período de afastamento tradicional que outras equipes normalmente exigem.

Andrea Stella reforça preocupação, mas adota cautela

Embora Zak Brown seja o principal crítico, Andrea Stella, chefe da equipe, também defende regras mais rígidas para garantir independência. No entanto, ele prefere adotar um discurso mais cauteloso.

“É um tema interessante e bastante complexo”, declarou o italiano. “Portanto, não devemos tratá-lo de forma simplista. Certamente, a McLaren já questionou a independência das equipes em várias ocasiões”.

Segundo Stella, é fundamental discutir o assunto dentro de um contexto que assegure um esporte justo. Dessa forma, qualquer equipe que opere de forma totalmente independente não será prejudicada pelas vantagens obtidas por estruturas que compartilham recursos ou pessoal.

Além disso, ele destacou a facilidade com que funcionários transitam entre as operações da Red Bull, algo que, na visão da McLaren, precisa de atenção especial.

Futuro incerto para o modelo de equipes associadas

De acordo com Stella, as regras atuais e a forma como são aplicadas reduzem parte dos riscos. Porém, ele acredita que ainda existe espaço para ajustes. Por isso, defende que o tema faça parte de discussões construtivas e mais maduras no futuro.

Enquanto isso, a FIA já reconheceu que está acompanhando o caso. Além disso, circulam rumores no paddock de que a propriedade compartilhada de múltiplas equipes pode ser banida em futuros regulamentos.