McLaren apoia volta dos motores barulhentos

quinta-feira, 29 de julho de 2021 às 14:31

Zak Brown

O chefe da McLaren, Zak Brown, não acredita que um retorno aos motores barulhentos na Fórmula 1 afugentaria os patrocinadores do esporte, conforme argumentado pela Mercedes, desde que siga um caminho em direção à sustentabilidade.

As partes interessadas das corridas de Grand Prix começaram a discutir a estrutura que envolverá o motor da próxima geração da F1, que deve ser introduzido em 2025.

Enquanto mais melhorias no componente híbrido da UP atual são esperadas, a Red Bull é a favor de um retorno aos motores “emotivos” de alta rotação, como defendido pelo chefe da equipe Christian Horner.

Mas seu homólogo na Mercedes, Toto Wolff, acredita que a F1 perderia sua relevância crucial se o esporte voltasse para o caminho do “motor barulhento”, argumentando que seguir tal direção resultaria em uma rápida saída da F1 de muitos de seus parceiros comerciais.

Brown acredita que, enquanto a F1 adotar uma abordagem “sustentável” para seu futuro, ela não terá problemas em aumentar o volume e equipar seus carros mais uma vez com motores barulhentos, sem sofrer um êxodo de patrocinadores.

“O mais importante é que a Fórmula 1 seja sustentável”, disse o chefe da McLaren. “Você pode chegar lá de várias maneiras diferentes e não acho que os patrocinadores, contanto que a Fórmula 1 seja sustentável, se preocupem em como chegar à sustentabilidade. O importante é chegar lá.”

“Portanto, se for uma UP com motor de combustão interna que use combustíveis sustentáveis, ou se for elétrica ou híbrida, o importante é que a Fórmula 1 seja uma tecnologia de ponta e que a sustentabilidade seja extremamente importante para o esporte e para o mundo.”

Brown acredita que a postura de Wolff é compreensível, visto que ele representa a visão de um fabricante automotivo que está adotando a mudança de paradigma da indústria em direção à eletrificação.

“Acho que o que você ouviu foi mais uma visão de um OEM (fabricante de equipamento original) que provavelmente deseja que o elemento de sustentabilidade seja consistente com a forma como eles chegam ao mercado”, acrescentou Brown.

“Acho que o que é importante para os parceiros corporativos é a sustentabilidade. Acho que eles estão menos preocupados com o produto para chegar lá.”

“Então, eu não acho que os fãs e parceiros corporativos se desligariam se a Fórmula 1 fosse sustentável em uma direção de tecnologia que talvez fosse diferente da indústria automotiva. Eu não acho que os parceiros corporativos e os fãs se importariam com isso.

“Mas temos que levar em consideração os OEMs, porque eles são uma grande parte do esporte, contribuem muito e nós precisamos deles.”

AS - www.autoracing.com.br

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