Mateschitz quer que Red Bull continue na F1, diz Marko

Dietrich Mateschitz

O paddock da Fórmula 1 em Austin está de luto pelas notícias da Áustria sobre a morte do fundador da Red Bull, Dietrich Mateschitz.

O bilionário mais rico da Áustria e dono de duas equipes de Fórmula 1 morreu após um longo período de doença. “Aparentemente era câncer de pâncreas”, revelou Roger Benoit, o veterano jornalista suíço do jornal Blick.

O campeão mundial Max Verstappen, que creditou sua carreira na F1 ao falecido de 78 anos de idade, liderou as homenagens. “Tive a sorte de poder vê-lo novamente há algumas semanas e passar algum tempo com ele”, disse o holandês.

“A última vez que o vi, as coisas que discutimos, tornaram o dia muito especial. E agora esse encontro final ganhou ainda mais profundidade. A notícia de sua morte é muito difícil de receber. Vou me lembrar dele como um homem de caráter gentil que cuidava das pessoas com extremo amor. Ele não buscava os holofotes”, prosseguiu.

“Eu o conheci como alguém de coração com uma enorme paixão pelo esporte. Quero dizer, quem mais na história da Fórmula 1 já começou com duas equipes?” acrescentou Verstappen.

Sebastian Vettel, tetracampeão mundial pela Red Bull, admitiu estar “em choque” com a notícia. “Acho que ele era alguém muito especial, que sempre conseguia fazer o que os outros achavam que nem era possível”, declarou ele.

“Eu não me sinto capaz de compartilhar mais memórias dele neste momento. Esta é realmente uma má notícia e eu quero pensar sobre isso primeiro”, completou.

Helmut Marko, indiscutivelmente a pessoa mais próxima de Mateschitz na F1, disse que seu amigo e colega de longa data gostaria que a Red Bull e todos os outros no paddock continuassem avançando para a vitória em Austin.

“Sabíamos que Didi tinha uma condição de saúde muito séria”, reconheceu ele. “Mas ainda assim, agora que aconteceu, é incompreensível para todos nós que uma personalidade tão grande teve que deixar a vida tão cedo. Mas reconhecendo todas as suas ideias, tudo o que ele criou, nós continuamos. Era isso que ele queria”.

“Tudo isso na Fórmula 1 se deve apenas ao Didi. Sua visão, sua confiança na equipe, mas também suas outras atividades empreendedoras, refletem uma personalidade verdadeiramente única. Mas, mais uma vez, ele era uma pessoa modesta, então, com isso em mente, agora queremos passar o resto deste fim de semana com calma, mas com resultados enfáticos”, comentou Marko.

Finalmente, até o arquirrival da Red Bull e também austríaco Toto Wolff admitiu sua tristeza com as notícias da Áustria. “Mateschitz foi o empresário mais incrível”, afirmou ele. “E não apenas pelo que ele conseguiu construir para seu próprio produto ou uma grande marca, mas também pelo que ele fez pelo esporte”.

“Houve muito respeito apesar de todas as lutas na pista, então também é um dia triste para a Áustria e para todos os envolvidos no esporte. Ele fez muito, em todos os tipos de esportes – futebol, hóquei no gelo, todos os esportes de ação. E aqui na F1, acho que ele foi o empresário mais inovador e fez parte da história”, concluiu.