Masi revela problemas de saúde mental após Abu Dhabi

sexta-feira, 31 de março de 2023 às 9:39

Michael Masi

Michael Masi, ex-diretor de prova da FIA, admitiu ter sofrido problemas de saúde mental após o GP de Abu Dhabi de 2021.

Masi apareceu no paddock da Fórmula 1 pela primeira vez desde a controvérsia corrida como parte de sua função na Supercars, principal categoria do automobilismo australiano.

“Eu estava um pouco nervoso na quarta-feira quando cheguei, mas vocês viram com seus próprios olhos a recepção agradável”, declarou ele ao Daily Mail.

Apesar de não poder discutir os detalhes de suas decisões que definiram o resultado do campeonato de 2021 devido a um acordo de confidencialidade que ele assinou com a FIA, Masi falou sobre sua saúde mental depois do abuso que sofreu online.

“Quando eu saí da FIA, disse aos meus pais ‘aqueles dias acabaram para mim’. Eu havia lhes dito depois de Abu Dhabi para não ler ou assistir nada. Não é saudável, pode ser um lugar muito tóxico. De várias maneiras, as redes sociais podem ser uma ótima ferramenta, mas não são tão boas em outros aspectos”.

Masi alega que não buscou ajuda com sua saúde mental imediatamente, mas acabou procurando um profissional, o que lhe permitiu deixar a saga para trás.

“Eu passei um tempo cuidando de mim. Isso me fez bem, era o que eu precisava. Passei muito tempo entrando em forma física, mas não o suficiente no lado mental. Havia pessoas com quem eu estava conversando em particular, minha namorada na época – ela deu um apoio incrível – amigos e família”.

“Quanto à ajuda profissional, eu busquei isso, mas provavelmente mais tarde do que deveria – no final do ano passado, quando as coisas já haviam se acalmado bastante”.

Uma das demandas de trabalhar na F1 são as viagens entre as corridas, e Masi sentiu que “vivia em um avião”. Agora trabalhando mais perto de casa, ele está desfrutando do tempo que pode passar com a família e se reaproximando de parentes.

“Eu adorava o trabalho, mas você não percebe o impacto de viajar tanto. Quando nos encontramos pela última vez em 2021, eu literalmente vivia em um avião. O prazer de poder cozinhar uma refeição em casa e poder me reaproximar de parentes agora estão abertos para mim”.

“Minha única avó viva, Agusta, tem 89 anos e mora a 10 minutos daqui. Ela não fala uma palavra de inglês e adora quando vou tomar um café com ela. Essas pequenas coisas. Você não percebe o que elas significam. Casamentos, aniversários”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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