Marko fala sobre a reviravolta da Red Bull no GP do Brasil
terça-feira, 11 de novembro de 2025 às 18:09
Reviravolta Red Bull Max Verstappen
A Red Bull, com Max Verstappen, concretizou uma reviravolta surpreendente no GP do Brasil. Certamente, essa performance desafiou todas as expectativas. Primeiramente, a sessão de classificação foi desastrosa, deixando Verstappen em P16 e Yuki Tsunoda em P19. O piloto holandês, que está na disputa pelo seu quinto título mundial, sofreu uma eliminação chocante no Q1 do sábado. Entretanto, a equipe de Milton Keynes não permitiu que este revés comprometesse todo o fim de semana em Interlagos. Os Touros agiram com precisão cirúrgica. Por isso, optaram por uma alteração radical no acerto do monoposto de Verstappen, utilizando o simulador durante a noite. Além disso, instalaram uma unidade de potência novíssima. Dessa forma, estas foram as modificações transformadoras que reposicionou o tetracampeão imediatamente na luta por uma vaga no pódio.
Caso Verstappen tivesse garantido uma posição de largada mais favorável no grid, a análise tática sugere que a disputa pela vitória contra Lando Norris, da McLaren, teria sido absolutamente eletrizante. A Red Bull efetuou um ajuste sutil, mas altamente eficaz no RB21 do piloto em São Paulo. Como resultado, isso o catapultou para o P3, logo atrás de Kimi Antonelli, da Mercedes, que cruzou a linha em P2. Claramente, Verstappen reconheceu que estava em uma situação de extremo risco no GP do Brasil. Ele sabia que suas chances de título estavam diminuindo dramaticamente após o fracasso na classificação. Portanto, a capacidade da equipe em reagir demonstrou um grande domínio operacional sobre Mercedes e Ferrari.

A janela de operação estreita do RB21
Helmut Marko, consultor sênior da equipe, admitiu abertamente que a Red Bull conseguiu resolver um problema. Ele classificou este problema como “crucial” no carro de Max Verstappen. Curiosamente, a Ferrari, aparentemente, não conseguiu fazer o mesmo para seus pilotos. A McLaren, por sua vez, levantou suspeitas sobre a substituição da unidade de potência. A saber, a motivação foi por ganhos de performance, e não por falha mecânica. Eles acreditam que isso concedeu à equipe austríaca uma vantagem competitiva considerável na etapa brasileira. Andrea Stella, o chefe da equipe de Woking, já busca esclarecimentos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Ele quer determinar se essa prática impactará o limite de custos estipulado para a temporada de 2025. Em vista disso, a decisão da FIA será um fator determinante para a McLaren. Eles ponderam instalar motores novos em seus carros em alguma das três etapas finais que restam no calendário.
Verstappen expressou a convicção de que as condições de pista e a temperatura ambiente mais frias de Interlagos “ajudaram” a performance da Red Bull. Nesse sentido, esta percepção é vista como um sinal promissor para o próximo evento, o GP de Las Vegas. A previsão de temperatura na hora da classificação e da corrida se situa em torno de 6 graus centígrados. Inegavelmente, temperaturas baixas não são favoráveis à McLaren. Todavia, elas favorecem o acerto e a performance tanto da Red Bull quanto da Mercedes. A Mercedes, por exemplo, obteve uma dobradinha na “Cidade do Pecado” em 2024 com George Russell e Lewis Hamilton.
A crucial resolução de acerto tático
Retornando à gênese dos próprios problemas da equipe Red Bull no Brasil, o consultor Helmut Marko insiste que eles tiveram a perspicácia de superar um obstáculo de acerto tático. Este obstáculo foi, na opinião dele, “absolutamente crucial”. A resolução ocorreu a tempo para a corrida de domingo. Era uma dificuldade técnica que a Ferrari igualmente não demonstrou capacidade de mitigar. “De modo geral, essa é a maior vulnerabilidade do nosso carro de corrida, o RB21: o chassi possui uma janela de operação incrivelmente estreita”, explicou ele à Speedweek. “Isso significa que até as menores modificações geram um impacto enorme no comportamento do carro”, ele continuou.
Ele detalha a sensibilidade técnica do monoposto. “Estamos falando de flutuações na altura livre do solo que variam na ordem de meio milímetro, ou de uma variação na temperatura do asfalto de apenas alguns graus”, afirma Marko. “É importante frisar que não somos os únicos a enfrentar essa característica: a Mercedes sofreu muito com a amplitude operacional estreita este ano, e o mesmo se aplica à Ferrari.”
“Felizmente, conseguimos resolver o problema de maneira extremamente eficiente para o domingo. Afinal, garantimos a recuperação na corrida. Esse é o aspecto mais crucial para a equipe. Por fim, isso se soma à resiliência demonstrada após o período complicado que vivenciamos no meio do verão europeu.”
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