Marko admite que filme de F1 de Hollywood “não é a sua praia”

Helmut Marko

Vários chefes da Fórmula 1 admitem que o calendário de 24 corridas do ano que vem leva o esporte ao limite. A FIA revelou nesta semana o maior cronograma da história, já que o esporte também capitaliza sua popularidade atual, adicionando uma 11ª garagem ao pitlane de Silverstone para a equipe fictícia de Hollywood “Apx GP”.

Brad Pitt vai estrelar o filme do qual Lewis Hamilton está atuando como produtor executivo – mas o Dr. Helmut Marko, da Red Bull, insistiu que está prestando pouca atenção ao barulho neste fim de semana no GP da Inglaterra.

“Não é coisa minha”, disse ele ao jornal Kleine Zeitung. “Mas se fortalecer o boom atual, é claro que é uma coisa boa para a Fórmula 1”.

Marko está menos convencido de que 24 corridas no próximo ano também seja uma coisa tão boa. “É um pacote enorme e um fardo incrível para os funcionários”, comentou ele. “Mais não é possível e você tem que ter cuidado para não se tornar inflacionário com ainda mais corridas no futuro”.

Marko, de 80 anos, também declarou à Sky alemã: “É o limite não apenas para o corpo, mas também para o lado mental. Claro que é ainda mais difícil para os mecânicos. Também precisamos ter cuidado para que as corridas não percam o valor quando são tantas”.

O chefe da Haas, Gunther Steiner, concorda: “Acho que com o modelo de negócios que temos agora, 24 é o limite. É muito mais fácil para mim do que para a equipe de montagem, por exemplo, mas mesmo para mim não é fácil ficar longe de casa 24 fins de semana por ano”.

Zak Brown, da McLaren, no entanto, disse que o CEO da F1, Stefano Domenicali, está garantindo às equipes que – pelo menos no futuro próximo – 24 realmente é o limite. “Acho que 24 é o limite”, afirmou o americano. “Stefano vai definir como tal, mesmo que haja uma demanda para provavelmente 30″.

“Para abranger mais mercados, talvez pudéssemos ter 20 GPs fixos e 8 em rotação – então você está em 28 mercados 24 vezes por ano. Acho que seria uma ótima maneira de manter o calendário onde está, mas ainda ter crescimento do calendário”, acrescentou Brown.