Marc Priestley: Mecânicos da McLaren não queriam trabalhar com Hamilton em 2007

terça-feira, 17 de maio de 2022 às 13:34

Hamilton e Alonso em 2007 na McLaren

O ex-funcionário da McLaren, Marc Priestley, afirmou que os mecânicos da equipe queriam evitar Lewis Hamilton quando ele chegou para sua temporada de estreia em 2007. Ao invés disso, eles queriam trabalhar com Fernando Alonso, que naquele momento era o bicampeão mundial e tinha desbancado Michael Schumacher.

Mas o britânico desafiou as expectativas ao chegar perto do título mundial em seu primeiro ano como piloto de F1, apesar de ter feito parceria com um bicampeão mundial como Alonso, conhecido por massacrar seus companheiros de equipe dentro e fora da pista.

Hamilton foi formidável em sua ascensão nas fileiras do automobilismo, conquistando um título em cada um dos quatro anos antes de ser promovido à F1. A pressão ainda era grande ao ingressar na McLaren, onde ele correu ao lado de um dos competidores mais temíveis em Alonso.

O britânico desde então passou a ter uma carreira brilhante no esporte, ostentando sete campeonatos contra os dois que Alonso já havia conquistado antes. Priestley destacou até que ponto mecânicos e engenheiros subestimaram o recém-chegado enquanto lutavam ativamente para trabalhar para seu companheiro de equipe em 2007.

“Os mecânicos e engenheiros lutaram entre si para trabalhar na garagem de Fernando”, disse Priestley ao Podcast Pitlane Life Lessons. “As pessoas não queriam trabalhar no carro de Hamilton porque não esperavam o tanto que ele entregou.”

Com 12 pódios e quatro vitórias em seu ano de estreia, Hamilton terminou sensacionalmente empatado com Alonso e apenas um ponto atrás do eventual campeão mundial Kimi Raikkonen. A estrela nascida em Stevenage seria ainda melhor no ano seguinte, quando conquistou seu primeiro título de pilotos aos 23 anos.

Esse seria seu único título individual com a McLaren, já que, em 2013, ele foi para a Mercedes contrariando todas as expectativas. “Ninguém, especialmente a imprensa britânica, acreditava que a Mercedes se tornaria uma equipe de ponta no curto ou médio prazo. Achávamos que era um erro o que ele estava fazendo ao aceitar aquele convite,” disse Priestley.

Mas Niki Lauda, responsável para convencer Hamilton na época, cumpriu as promessas dos Prateados em sua segunda temporada, e seis títulos em sete anos colocaram Hamilton ao lado de Michael Schumacher como o piloto de F1 com mais títulos de todos os tempos, além de recordista isolado e poles e vitórias.

15 anos completos depois de Hamilton ser o aluno desprestigiado pelos mecânicos ao lado do experiente Alonso, agora é George Russell o aluno excepcional do experiente Hamilton.

Enquanto Russell certamente está encantado com a forma como ele está se saindo contra seu parceiro nos Prateados até agora, da mesma forma que Hamilton ficou contra Alonso, o jovem não foi tímido em expressar suas preocupações sobre os problemas de desempenho da Mercedes. A Red Bull e a Ferrari parecem prontas para se destacar no campeonato, mostrando o tipo de ritmo com o qual a Mercedes só pode sonhar nesta fase da temporada.

“No final das contas, não há momento feliz ou infeliz até agora, já que estamos atrás de outras duas equipes”, disse Russell. “Somos somente a terceira equipe mais rápida e isso para nós é terra de ninguém.”

AS - www.autoracing.com.br

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