Luca di Montezemolo e Aston Martin

Luca di Montezemolo

Luca di Montezemolo, o icônico ex-presidente da Ferrari, teria investido uma quantia substancial de dinheiro na Aston Martin, cujo maior proprietário é Lawrence Stroll, que também é dono da equipe de F1 da marca inglesa.

Um relato da BusinessF1 afirma que o italiano – que supervisionou as operações da Ferrari na F1 por quatro décadas até 2014 – investiu USD 4 milhões na montadora britânica e acredita que a Aston Martin no futuro igualará o valor de mercado atual da Ferrari de USD 35 bilhões. A Aston Martin está atualmente avaliada em pouco mais de USD 1 bilhão no mercado de ações.

Di Montezemolo e Stroll têm um relacionamento de longa data que remonta aos dias em que Tommy Hilfiger – a empresa de roupas da qual Stroll já foi um grande investidor – tinha um acordo de patrocínio com a equipe Ferrari F1.

Aston Martin recebe ex-presidente da Ferrari a bordo

O relato da BusinessF1 diz que a fé de Montezemolo em Stroll é uma das principais razões pelas quais Di Montezemolo investiu uma quantia vultuosa para a Aston Martin, com o empresário de 75 anos dizendo a seus associados que acredita que a montadora pode aumentar o valor de suas ações cinco vezes em um ano.

No entanto, o próprio Stroll é mais cauteloso e ainda não acha que a Aston Martin esteja em posição de crescer em um ritmo tão rápido.

Outro relato do mês passado afirmou que a Aston Martin continua perdendo USD 1,5 milhão por dia, apesar dos esforços de Stroll para reverter a situação, tendo identificado um problema de excesso de oferta que força a empresa a vender carros com grandes descontos.

A resposta de Stroll foi interromper a produção de carros por um ano inteiro, com a Aston Martin produzindo apenas carros para pedidos de clientes, o que, segundo ele, resultou em um aumento de 50% no preço médio de venda.

Em maio, Stroll vendeu £ 117 milhões de suas ações na Aston Martin para a montadora chinesa Geely, que também tem laços com a Mercedes-Benz e a Volvo.

Stroll está envolvido na F1 desde 2017, quando seu filho Lance fez sua estreia na Fórmula 1 com a lendária equipe da Williams, mas o declínio do desempenho da equipe na pista levou a dupla a procurar outro lugar.

Quando a equipe Force India entrou em administração (concordata) em 2018, Stroll investiu dezenas de milhões, resgatou a equipe e a renomeou como Racing Point para a temporada seguinte, com seu filho logo saindo da Williams.

Em janeiro de 2020, Stroll estava à frente de um consórcio que investiu £ 182 milhões na Aston Martin em troca de uma participação de 16,7% e foi nomeado presidente executivo da montadora.

Stroll renomeou sua equipe de F1 como Aston Martin desde o início da temporada de 2021 e, após a construção de uma nova fábrica de última geração, não escondeu sua determinação de emergir como uma força para disputar o título.

Após a contratação do bicampeão mundial Fernando Alonso para este ano, a Aston Martin terminou no pódio em seis das oito primeiras corridas da temporada de 2023, com a equipe buscando vencer a Ferrari e a Mercedes pelo P2 na classificação de construtores atrás da dominante Red Bull.

Antes do GP de Mônaco no final de maio, a Aston Martin anunciou que unirá forças com a Honda a tempo da próxima redefinição das regras da F1 em 2026, no que foi considerado um passo fundamental nas ambições de título de Stroll e Aston Martin.