Liberty vê nova realidade para o futuro da F1

Fórmula 1

A Fórmula 1 pode estar na vanguarda da tecnologia nas pistas, mas a nova proprietária Liberty Media reconheceu que ela tem muito terreno a recuperar em outros lugares.

A gigante de TV a cabo com base nos EUA adquiriu inicialmente 18,7% de participação no esporte da CVC Capital Partners, com planos para completar sua aquisição no início do próximo ano, mas já revelou a ambição de avançar a F1 em termos de tecnologia, trazendo o esporte para um público maior e aumentando o espetáculo para quem já está imerso nele.

Naturalmente, essas ideias têm um potencial de geração de renda para a Liberty, que reconhece que a F1 sob a direção atual de Bernie Ecclestone tem negligenciado avanços digitais longe das pistas.

“Menos de 1% das receitas são provenientes da área digital”, disse o presidente-executivo da Liberty, Greg Maffei. “(A F1) realmente não tem nenhum esforço digital organizado, (mas) eu acho que há muitas coisas que podem ser feitas”.

Maffei também disse que, apesar das receitas terem crescido através do sistema pay-per-view de cobertura televisiva, bem como através de maior patrocínio e calendário mais extenso, o foco em inexplorados fluxos de receitas digitais será uma prioridade para a nova proprietária, além do potencial de expandir para outras oportunidades de crescimento, tais como jogos, que decolaram em qualquer outro esporte de ponta.

“Fora dos Estados Unidos, há uma enorme oportunidade de jogos no esporte, nenhum dos quais nós capitalizamos”, apontou Maffei. “Eu acho que há muitas chances na área digital, eu acho que vai ser uma parte do crescimento futuro. Parte disso é muito mais direta ao tipo de experiências que o consumidor tem. Como aumentar isso é algo que precisa ser trabalhado”.

Dado o interesse em otimizar as oportunidades de jogo, Maffei enfatizou o potencial de aumentar o interesse pela F1 nos EUA, acrescentando Las Vegas, Los Angeles, Nova York e Miami como potenciais palcos de GPs no futuro, em um calendário ainda maior.