Leclerc alerta que Ferrari atingiu o limite em Singapura

Charles Leclerc

Charles Leclerc admitiu que a Ferrari chegou ao limite técnico do carro após um fim de semana repleto de dificuldades no Grande Prêmio de Singapura.

Embora a equipe tenha mostrado consistência em classificações anteriores, o calor e as exigências do circuito de Marina Bay escancararam os pontos fracos do SF-25.

Corrida limitada por problemas de freio

Depois de largarem em sexto e sétimo, Leclerc e Lewis Hamilton enfrentaram uma corrida de sobrevivência. Desde as primeiras voltas, a Ferrari precisou recorrer ao “LiCo” – lift and coast – para proteger os freios do superaquecimento.

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Assim, Leclerc foi forçado a aliviar o acelerador quase 200 metros antes dos pontos normais de frenagem, o que comprometeu completamente o ritmo.

Como resultado, o monegasco cruzou a linha de chegada apenas em sexto lugar, sem jamais conseguir lutar pelas primeiras posições.

Enquanto isso, Hamilton tentou uma estratégia mais agressiva. O britânico fez um pit stop tardio, calçou pneus novos e buscou ultrapassar Kimi Antonelli.

No entanto, o plano não funcionou. Um problema de freio nas voltas finais e uma penalização por cortar curvas impediram o avanço. Assim, ele terminou apenas em oitavo, logo atrás de Fernando Alonso.

Ferrari perde terreno na disputa entre construtores

Com esse resultado, a Ferrari somou 298 pontos no Mundial de Construtores. A equipe está agora 27 pontos atrás da Mercedes e apenas oito à frente da Red Bull, que demonstra uma clara recuperação desde Monza.

Em entrevista após a corrida, Leclerc foi direto e transmitiu preocupação com o rumo da temporada.

“Desde a volta oito, tudo girava em torno de gerenciar os freios. Todos precisam fazer isso em Singapura, mas estávamos na pior situação. Isso torna a corrida extremamente difícil. Foi tudo muito complicado”, afirmou o piloto à imprensa.

Leclerc minimiza polêmica com Hamilton

Questionado sobre a troca de posições com Hamilton, feita para permitir que o britânico atacasse Antonelli, Leclerc descartou qualquer tensão interna.

“Não acho que isso seja o maior problema da equipe no momento. O verdadeiro desafio é que não temos um carro de corrida capaz de lutar com os da frente”, explicou.

O monegasco também comentou o avanço das rivais, traçando um panorama preocupante.

“A McLaren manteve a mesma vantagem sobre nós desde o início do ano. A Red Bull evoluiu desde Monza e chegou ao mesmo nível da McLaren. A Mercedes também alcançou esse patamar. E nós? Ficamos para trás. É frustrante porque parece que somos passageiros do carro. Não conseguimos extrair muito mais”.