Leclerc explica dificuldades físicas dos pilotos no Catar

Charles Leclerc e Pierre Gasly

Charles Leclerc descreveu o GP do Catar como o mais difícil de sua carreira depois que vários pilotos expressaram preocupações com as condições.

O piloto da Ferrari chegou em quinto em uma corrida complicada pelos stints obrigatórios de 18 voltas devido a problemas com os pneus Pirelli.

Além disso, alguns pilotos foram vistos em dificuldades após a prova por causa das condições exaustivas – Lance Stroll e Alex Albon mal conseguiram sair de seus carros no parque fechado, enquanto outros tiveram de ir para o centro médico.

“Eu creio que esta foi a corrida mais difícil na carreira de todos os pilotos da Fórmula 1. Sem exceção – e eu não acredito em ninguém que diga o contrário”, disse Leclerc à mídia.

“A parte mais significativa foi que tivemos de fazer três paradas, ou seja, nenhum gerenciamento de pneus na alta velocidade e uma volta de classificação depois da outra”.

“Nem é o preparo físico, é só a desidratação chegando a um nível em que sua visão piora bastante e sua frequência cardíaca dispara, é muito difícil controlar tudo isso”.

“Talvez nos encontremos na mesma situação no próximo ano, teremos de discutir isso entre nós. Não quero falar demais sobre isso agora, mas acho difícil colocar em palavras e explicar como é duro”.

“Você sofre uma grande desidratação e não pode tomar a bebida que parece mais um chá do que qualquer outra coisa porque está mais de 60º graus, então é extremamente difícil se hidratar, e com as forças G, você não enxerga tão bem”.

Os limites de pista foram ajustados no sábado como parte das medidas tomadas para garantir a segurança após a análise dos pneus, mas isso levou a várias infrações em todo o grid – incluindo Leclerc.

“Também com os limites de pista, nós estamos falando de centímetros a 280 km/h. Já é difícil respeitá-los na classificação, quando estamos descansados, mas no final da corrida é um pesadelo”.