Kyalami dá passo importante para retornar ao calendário da F1

Kyalami

A FIA aprovou os planos que visam restaurar o circuito de Kyalami, na África do Sul, ao status de homologação Grau 1 – requisito essencial para que a Fórmula 1 possa retornar ao traçado.

A decisão representa um passo crucial para a volta da categoria ao continente africano, ausente do calendário oficial desde 1993, quando Kyalami sediou o último Grande Prêmio da África do Sul.

Tradição e saudade: F1 fora da África desde 1993

O circuito de Kyalami foi palco de grandes momentos na história da F1. Entre 1967 e 1985, sediou edições consecutivas do GP sul-africano, voltando brevemente nos anos de 1992 e 1993.

Desde então, o continente ficou fora do radar da F1, gerando clamor por parte de fãs, pilotos e dirigentes pela reintegração de uma das regiões mais emblemáticas do automobilismo global.

Adequações modernas sem alterar o traçado original

Atualmente classificado como circuito de Grau 2, Kyalami passará por atualizações estruturais focadas na segurança, sem mudanças no traçado da pista.

As obras envolverão melhorias em áreas de escape, barreiras de contenção, cercas de proteção e sistemas de drenagem, conforme explicou Clive Bowen, diretor da Apex Circuit Design, empresa responsável pelo projeto.

“É uma atualização leve em termos de engenharia, mas que eleva os excelentes padrões já existentes ao nível exigido para Grau 1”, afirmou Bowen.

Um novo capítulo para o automobilismo africano

Toby Venter, proprietário do circuito desde 2014, celebrou a decisão da FIA em entrevista coletiva no local.

“Este é um momento decisivo para o automobilismo sul-africano. Quando adquirimos Kyalami, nosso objetivo era transformá-lo em um exemplo para todo o continente. A aprovação do projeto de Grau 1 é um marco nessa jornada”, declarou ele.

Com o aval da entidade máxima do automobilismo, o circuito tem o prazo de três anos para concluir as reformas exigidas, abrindo o caminho para que a F1 volte oficialmente ao continente africano.

“Viramos a página para um novo e ousado capítulo em Kyalami. Estamos prontos para o retorno da F1 ao solo africano”, finalizou Venter com otimismo.