Komatsu critica limites de pneus no GP do Catar

sábado, 22 de novembro de 2025 às 15:45

Ayao Komatsu

Pirelli impõe limite de 25 voltas por jogo

Ayao Komatsu, chefe da Haas, criticou duramente a decisão da Pirelli de limitar cada jogo de pneus a 25 voltas no GP do Catar. Além disso, a medida força pelo menos duas paradas e elimina qualquer variação estratégica.

Segundo Komatsu, a Pirelli agiu com medo depois de problemas estruturais em Losail no ano passado. “Não concordo com esses limites artificiais. Antes, talvez houvesse corrida de uma parada, mas agora se torna impossível”, afirmou.

Ele reforçou que o problema não é a corrida de uma parada em si, mas sim a perda de diversidade estratégica. Isso, na visão dele, prejudica a emoção da corrida e reduz a imprevisibilidade, algo essencial para o espetáculo.

Medo da repetição de incidentes passados

Além disso, Komatsu explicou que a preocupação da Pirelli se intensificou após os problemas do ano anterior. “Eles ficaram receosos por causa disso. Pensaram: ‘Não vão tentar uma corrida de uma parada’. Portanto, com o limite imposto, uma única parada deixa de ser viável”, disse ele.

Quero ser VIP

Estratégia variável gera emoção

Komatsu destacou que o drama surge quando diferentes estratégias são possíveis. “Olhe para Brasil e México. O desgaste dos pneus muda a dinâmica. Consequentemente, uma, duas ou até três paradas tornam tudo imprevisível. É exatamente isso que Pirelli deveria incentivar.”

Além disso, ele alertou que regras artificiais tornam todas as equipes previsíveis. “Falamos sobre evitar corridas monótonas de uma parada. Porém, quando criamos limites artificiais, a corrida perde emoção, como vimos em Mônaco e no Catar”, completou.

Exemplos recentes mostram o risco

O chefe da Haas teme que o GP do Catar deste ano repita o cenário de 2023, quando o limite de 18 voltas obrigou todos os pilotos a seguirem estratégias idênticas de três paradas.

“A corrida no Catar foi ruim. Todos tiveram exatamente a mesma janela de pitstop. Portanto, regras artificiais levam todos a chegar à mesma conclusão”, disse Komatsu.

Ele também citou o GP de Mônaco deste ano, outro exemplo em que condições prescritivas eliminaram qualquer variação estratégica. “Além disso, não acho que isso funcione. Você viu em Mônaco também”, completou.

Comparações internacionais

Komatsu ainda reforçou que corridas com múltiplas possibilidades de pitstop geram mais emoção e imprevisibilidade. “Quando várias estratégias são viáveis, a corrida se torna realmente interessante. Além disso, isso mantém fãs e pilotos engajados durante todo o evento.”

Contexto regulatório delicado

A crítica surge em um momento sensível para a Fórmula 1. A FIA ainda avalia regras que obrigariam duas paradas a partir de 2026, mas não houve consenso entre as equipes.

Portanto, Komatsu enfatizou que estratégias variadas são essenciais para a Fórmula 1. Sem elas, corridas ficam previsíveis, menos emocionantes e menos competitivas, prejudicando tanto pilotos quanto fãs.

EB - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.