KERS faz parte da história de sucesso da Formula 1

quinta-feira, 8 de setembro de 2011 às 12:05
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Em meio à atenção atraída neste ano tanto pelo DRS quanto pelas características de performance dos pneus Pirelli, o retorno do KERS foi um pouco ofuscado na opinião pública.

Ainda assim, há evidências que sugerem que ele também teve um papel crucial no aumento significativo das ultrapassagens em 2011, com o sistema sendo usado para impulsionar os pilotos na zona do DRS, durante a própria manobra de ultrapassagem ou até mesmo para se defender contra um carro com o DRS acionado atrás.
Apesar de não existirem dados exatos neste ponto, evidências sugerem que o KERS tem uma grande importância em quase todas as manobras de ultrapassagem para os carros equipados com o sistema, além de fornecer uma área valiosa de pesquisa de ponta sobre a eletrônica e a tecnologia da bateria.
O KERS da Mercedes-Benz é composto pela Unidade do Motor Gerador (MGU), a Eletrônica de Potência (PE) e várias baterias que formam o Sistema de Armazenamento de Energia (ESS). Quando a potência que seria dissipada como calor pelo sistema de freios é recebida, a MGU funciona como um gerador, fornecendo eletricidade em três fases à PE. Isso converte a eletricidade em voltagem DC, e armazena a energia na bateria. O processo funciona de modo contrário quando o piloto requisita o impulso, com a unidade geradora se tornando um motor para fornecer potência ao motor. Os processos de recebimento e impulso têm uma eficiência de aproximadamente 80 por cento.
O motor da MGU é aproximadamente dez vezes menor do que as unidades de automóveis comerciais, enquanto a bateria é cerca de oito vezes menor do que as comercialmente disponíveis. Em geral, há aproximadamente 3500 partes em um único KERS. É um verdadeiro exemplo de engenharia de ponta.
O ganho no tempo de volta com o uso total do KERS é de mais de 0.4s em Monza. Isso se compara ao valor mais baixo até agora nesta temporada, de aproximadamente 0.3s por volta na Hungria.
O melhor cenário para o KERS são curvas relativamente lentas seguidas por retas muito longas – exatamente o que Monza possui. Há quatro ocasiões na volta (saída das curvas 2, 7, 10 e 11) onde o carro acelera de uma velocidade relativamente baixa para velocidade quase máxima, e isso significa que há um benefício relativamente grande em termos de tempo de volta com o impulso em qualquer uma dessas quatro curvas. O emprego típico do KERS em Monza verá quatro impulsos por volta, que chegam às rodas 20ms depois que o botão é pressionado.
Os carros passam mais de 12 por cento da volta (mais de 10 segundos) freando em Monza, com a freada para a curva 1 vendo uma redução de cerca de 265 km/h. Entretanto, Monza na verdade é o circuito mais marginal do ano para o recebimento da potência extra do KERS devido ao baixo número de freadas durante a volta: apenas seis no total (curvas 1, 4, 6, 7, 8 e 11).

LS – www.autoracing.com.br

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