John Booth: Pilotos de F1 tem fascínio pelo perigo

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011 às 18:07

f111-booth-virgin-rosto-350Pilotos de F1 devem ser autorizados a satisfazer sua sede de perigo, mesmo correndo o risco de acidentes horríveis, como o de Robert Kubica, de acordo com John Booth, chefe de equipe da Virgin Racing.

“É um acidente chocante e eu realmente sinto por Robert e toda a equipe”, disse ele à Reuters no lançamento do carro de sua equipe de 2011. “Mas às vezes você simplesmente não tem o que fazer, não é?

“Robert quase perdeu o braço há cinco anos em um acidente de rua. Você não pode impedi-los de guiar seus carros, pode?”, Acrescentou o britânico.

Kubica, que correu pela equipe Manor Booth de F3 em Macau em 2004 ao britânico Lewis Hamilton, sofreu múltiplas fraturas na mão, braço e perna direitas no acidente na Itália.

A Renault disse que seu piloto ficará fora por pelo menos dois meses. A temporada que começa no Bahrain em 13 de março, mas a Renault diz que de acordo com as previsões dos médicos, Kubica pode levar um ano para recuperar, o que considera uma previsão excessivamente cautelosa.

Eles defenderam sua posição em deixar Kubica correr em rallies, dizendo que queriam um piloto de corridas, e não um ‘robô corporativo’.

“A Renault, obviamente, sentiu que o caminho para tirar o melhor de Robert era dar-lhe toda a liberdade. Estou certo que o chefe da equipe, Eric (Boullier) e sseu pessoal sabem exatamente o que estão fazendo”, disse Booth.

Rally é a paixão de Kubica, e ele já competiu em diversos ao longo dos anos, mas outros pilotos de Formula 1 atiram-se igualmente as atividades de risco além da F1, que já é um esporte altamente perigoso.

“Pegamos Jerome (D’Ambrosio) e Timo (Glock) esquiando algumas semanas atrás”, disse Booth sobre seus pilotos.

“Nós dissemos ‘OK rapazes, mantenham-se na pista blá blá blá.” Então chegamos ao topo da montanha, as portas se abriram e eles saíram como loucos.”

“O presidente da equipe, Graeme Lowdon, estava seguindo-os e ficou apavorado ao ver como eles gostam do perigo saindo da pista e explorando a montanha. Mas é assim que eles são e é isso que os torna tão bons. Seria difícil sufocar isso,não é?”

O sete vezes campeão mundial Michael Schumacher pode ter parado com as motos de corrida, a atividade que assumiu depois de se aposentar da Ferrari em 2006, agora que ele está de volta na Mercedes, mas ele ainda tem um amor pelo pára-quedismo.

Helicópteros fazem parte da vida diária, esquiar fora da pista é uma atividade normal de lazer. Mesmo alguns técnicos como Adrian Newey, da Red Bull ou Mike Gascoyne do Team Lotus, andam em carros de corrida – algumas vezes de seus próprios projetos – no tempo livre.

O australiano da Red Bull, Mark Webber, quebrou a perna em um acidente de mountain bike na Tasmânia em 2008 e caiu novamente no ano passado, fraturando o ombro, enquanto liderava o campeonato.

O colombiano Juan Pablo Montoya perdeu duas corridas em 2005 quando estava na McLaren, depois de sofrer uma fratura no ombro culpando a quadra de tênis, mas suspeita-se muito que na realidade tenha sido um acidente de motocross.

Glock disse que também guiou um carro de rali do campeonato do mundo, enquanto estava na Toyota em 2009 e falou com entusiasmo evidente sobre a experiência.

“Eles foram muito legais ao me deixarem fazer isso. É difícil evitar que pilotos participem de competições com outros carros”, disse ele a repórteres.

“A tocada no rally é fascinante. Tive a chance de fazer duas vezes … é muito divertido, muito controle de carro, e se você tem a chance de sentar-se uma vez em um carro como este, você quer voltar.”

“É apenas uma boa diversão e não uma coisa ruim, pois ajuda a manter sua habilidade ao volante. Se você não fizer nada durante o inverno, você poderá ser um pouco lento nos primeiros testes do ano”, acrescentou.

“É uma pena que tenha acontecido isto com o Kubica no momento errado.”

AS – www.autoracing.com.br

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